A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, rebateu a iniciativa do PSDB de acionar a Justiça contra o pronunciamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em cadeia de rádio e televisão no domingo e insinuou que os tucanos querem prestar serviço ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
— Por que eles querem censurar o presidente Lula? Para prestar serviço a Bolsonaro ou para esconder os avanços do governo Lula? Parece que o fracasso político subiu à cabeça do comando tucano — afirmou Gleisi.
Em nota, o presidente do PSDB, Marconi Perillo, acusou Lula de adotar um discurso eleitoreiro em seu pronunciamento.
"Neste domingo, 28 de julho, o presidente usou desse expediente para fazer propaganda da divisão do país da qual ele é um dos protagonistas e espalhar dados eleitoreiros para subsidiar o discurso de seus candidatos a prefeito e vereador neste ano", afirmou o tucano.
Após a manifestação de Gleisi, o presidente do PSDB rebateu a dirigente petista e disse que o partido não está a serviço de ninguém.
— A presidente do PT está equivocada: o PSDB não está a serviço de ninguém, senão daquilo que consideramos ser o correto e justo para o Brasil. Não nos curvamos a interesses particulares ou ideológicos, mas sim ao compromisso com a democracia, a transparência e o bem-estar do povo brasileiro. Além de usarem a rede nacional para fins partidários, ainda apoiam esse vexame que é a ditadura venezuelana.
Em um pronunciamento de sete minutos gravado na última sexta-feira com a supervisão do marqueteiro Sidônio Palmeira, que faz a campanha presidencial de Lula em 2022, o petista fez um balanço das ações de seu governo em um ano e meio de mandato. Lula afirmou que a gestão de Bolsonaro deixou o país "em ruínas".
— Cortaram os recursos da educação, do SUS e do meio ambiente. Espalharam armas ao invés de empregos. Trouxeram a fome de volta. Deixaram a maior taxa de juros do planeta. A inflação disparou e atingiu 8,25%. O Brasil era um país em ruínas. Diziam defender a família. Mas deixaram milhões de famílias endividadas, empobrecidas e desprotegidas — afirmou.
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