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Por — Brasília

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GERADO EM: 02/08/2024 - 17:36

Chanceleres negociam diálogo com Maduro na Venezuela

Chanceleres de Brasil, Colômbia e México planejam diálogo direto com Maduro e González na Venezuela, excluindo María Corina Machado. Pressão por transparência nas eleições e busca por solução pacífica para a crise política. Preocupação com a violência no país. Influência dos EUA e estratégias de aproximação dos países latino-americanos em meio à complexidade da situação.

Após conversas sobre a crise na Venezuela, os chanceleres de Brasil (Mauro Vieira), Colômbia (Luis Gilberto Murillo) e México (Alicia Bárcena) cogitam ir a Caracas nos próximos dias para tentar negociar uma saída para a grave crise política do país. Segundo interlocutores do governo brasileiro, os três países querem que as negociações para um acordo pacífico sejam feitas diretamente com Nicolás Maduro, presidente considerado reeleito pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), e Edmundo González, que diz ter vencido o pleito e estar respaldado por atas eleitorais recolhidas pela oposição.

Para que o processo avance, a ideia é iniciar o diálogo sem a participação da principal líder da oposição, María Corina Machado.

Depois das eleições do último domingo, assim que CNE anunciou a vitória de Maduro, a oposição reagiu, afirmando que González, um diplomata, foi o grande vitorioso.

A mobilização dos três países foi um dos pontos discutidos, na tarde da última quinta-feira, em uma conversa telefônica que durou cerca de uma hora entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, o colombiano Gustavo Petro e o mexicano Andrés Manuel López Obrador.

A avaliação é que, desabilitada pela Justiça do país para disputar a eleição, em que era favorita, María Corina jamais seria recebida em uma mesa de negociações pelos chavistas. Ela tem sido chamada de representante da extrema-direita por Maduro.

Segundo fontes da diplomacia, caberá ao México fazer a aproximação para constituir a mesa de diálogo. Obrador foi o primeiro a criticar a posição do Estados Unidos, que afirmaram que a eleição de Maduro foi fraudulenta e que González venceu a disputa. Isso o aproximou mais do regime venezuelano, sob o ponto de vista político.

Costa Rica e Equador seguiram os EUA — os chanceleres da Argentina e Uruguai também se mostraram a favor de González, mas oficialmente os dois países não se manifestaram. Já Brasil e Colômbia se mantêm em silêncio, diante da complexidade da situação.

Na conversa, os presidentes latino-americanos também decidiram intensificar as pressões sobre as autoridades venezuelanas para que sejam divulgados o quanto antes os boletins de urna que comprovem, oficialmente e com imparcialidade, o resultado da votação. Como mostrou O GLOBO, quarta-feira passada, o governo brasileiro não aceitará apurações paralelas para tomar uma decisão.

Após o telefonema, os três países divulgaram uma nota, com um apelo para que as atas eleitorais sejam divulgadas o quanto antes. O texto também mostra preocupação com a escalada da violência na Venezuela, que já causa mortes e prisões de opositores de Maduro.

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