Eleições 2024
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Por — São Paulo

RESUMO

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GERADO EM: 04/08/2024 - 04:30

Família Covas se divide em eleição de São Paulo

A família Covas se divide na eleição de São Paulo, com descendentes apoiando Nunes e Datena. A crise no PSDB é evidenciada, com o sobrenome em palanques opostos. Discordâncias políticas surgem, destacando a distância entre as gerações. Tomás, filho de Bruno Covas, apoia Nunes, enquanto Covas Neto respalda Datena, ressaltando a fidelidade ao legado familiar. O PSDB prefere não apoiar Nunes devido à aliança com Bolsonaro. A complexidade das relações familiares e políticas se torna evidente, refletindo a dinâmica perplexa e variada do cenário eleitoral.

Reverenciado pelo PSDB como um dos mais tradicionais e relevantes do partido, o sobrenome Covas deve aparecer na campanha eleitoral de dois candidatos diferentes à prefeitura de São Paulo. Enquanto parte da família do ex-governador Mário Covas (1930-2001) apoia o apresentador de TV José Luiz Datena (PSDB) e defende a sua eleição como uma maneira de restaurar a força do partido, outra estará no palanque do atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), elevado ao cargo na condição de vice após a morte prematura do tucano Bruno Covas (1980-2021), neto de Mário.

Um dos fiadores da candidatura de Datena é Mário Covas Neto, ex-vereador por dois mandatos em São Paulo e atual presidente da Federação PSDB-Cidadania na cidade. Filho de Mário Covas — ele auxiliou o pai em diversos momentos da carreira política, mas só concorreu a um cargo eletivo em 2016, aposentado das corridas de Stock Car —, Covas Neto retornou ao partido este ano e era um dos cotados para vice de Datena. A posição ficou com o ex-senador José Aníbal (PSDB), que controla o diretório municipal e se tornou um dos principais articuladores da campanha. Apesar de não constar nas urnas, Covas Neto garante ao GLOBO que o sobrenome irá aparecer "de outras formas" na propaganda eleitoral tucana.

Ricardo Nunes, por sua vez, sempre defendeu o seu mandato como uma continuidade da gestão de Bruno Covas (PSDB), de quem era vice na eleição de 2020. O tucano era visto como um dos políticos de maior potencial dentro do partido, mas teve a trajetória interrompida precocemente por um câncer, doença que também vitimou o avô. O filho de Bruno, Tomás Covas, de 18 anos, demonstra proximidade com Nunes e apoia a sua reeleição. Ele viajou com o prefeito ao Vaticano, em maio deste ano, e participou de uma missa dedicada ao pai, três anos após o falecimento. Faltou à convenção do PSDB que oficializou Datena e fez questão de comparecer na de Nunes, realizada neste sábado, 3.

O PSDB informou ao GLOBO que Tomás segue na executiva municipal do partido, o que surpreendeu o próprio filho de Bruno Covas quando indagado a respeito. Ele disse que Datena "nem se compara" a Nunes em termos de fidelidade ao que o seu pai acreditava na política.

— Acho que o único caminho plausível para o PSDB seria o de apoiar a candidatura do Ricardo (Nunes). Não tem outro candidato que represente mais o legado do Bruno Covas. Todos os atos que ele fez após o falecimento do meu pai foram de extrema lealdade a ele, não só mantendo cargos de secretários na prefeitura, mas no jeito de governar, e os princípios que eles acreditavam eram muito similares.

. — Foto: Editoria de Arte
. — Foto: Editoria de Arte

A divisão familiar é mais um sintoma da crise no PSDB em todos os níveis, com a perda de protagonismo político, algo que se estende de maneira mais dramática desde 2018. Outrora rival de peso do PT nas disputas presidenciais e dominante em São Paulo, os tucanos foram engolidos com a ascensão do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, como Tarcísio de Freitas (Republicanos), responsável pela primeira derrota tucana na disputa pelo governo de São Paulo em 28 anos.

Não à toa, os atuais dirigentes partidários falam em retomar a "grife" tucana e os ideais de seus fundadores, entre eles o próprio Mário Covas, o primeiro da família a ingressar na carreira política — que, por sinal, apoiou Lula na eleição contra Fernando Collor, em 1989, decisão controversa que obrigou a família a trocar o número de telefone listado no guia devido às queixas. O dilema de 2024 também causa desconfiança. Datena, um jornalista conhecido nacionalmente pelo "Brasil Urgente", programa policialesco da TV Bandeirantes, já se filiou a 11 partidos e desistiu quatro vezes de concorrer à prefeitura de São Paulo. Este ano, porém, deu mostras de que vai até o fim.

— Tenho convicção de que o Datena vai dar sequência a esses legados todos do Fernando Henrique Cardoso, do José Serra, do José Aníbal, do Mário Covas, do Franco Montoro, dentre outros grandes brasileiros que estão no DNA da criação do PSDB — disse o presidente nacional da sigla, Marconi Perillo, durante a convenção partidária. O evento foi marcado por tumulto, com protestos de uma ala de apoiadores do prefeito contra Datena, bloqueio e tentativas de militantes entrarem à força no auditório.

Para o cientista político e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Cláudio Couto, a escolha do PSDB na eleição paulistana em nome de um suposto ressurgimento é contraditória, um vez que não investe em um candidato "orgânico" para divulgar o programa partidário, e opta por outro que pode não estar plenamente comprometido com o projeto caso eleito. Ainda causa estranheza, opina Couto, o fato de o partido que criou o Plano Real depositar todas as suas fichas em um candidato com histórico de desistências e que se comporta mais como um "aventureiro" na política.

— O PSDB se escorar em uma figura desse tipo numa eleição para a prefeitura de São Paulo, uma cidade que já governou com (Mário) Covas, (José) Serra e (João) Doria, é uma diminuição de tamanho gigantesca — avalia o cientista político.

No caso de Doria, também considerado um outsider em 2016 e de quem Bruno Covas recebeu a cadeira de prefeito antes de ser reeleito, Couto acrescenta que faz parte de toda uma geração de políticos tucanos mais à direita, com apelo antipetista, que produziu uma "descaracterização" dos vínculos com a social-democracia e os ideais de centro-esquerda do partido na origem, expressados pelo próprio Mário Covas.

— Se ele mudasse o que era e continuasse forte, tudo bem. Os partidos realmente mudam ao longo da história. O problema é que essa mudança de posição começou a produzir uma perda de força, que ficou mais nítida com a entrada de Bolsonaro (na cena política). Se é para ser antipetista, Bolsonaro é muito mais. E o PSDB assim perdeu completamente o seu espaço.

Rompimento

Oficialmente, o PSDB descartou uma nova aliança com Nunes nas eleições municipais deste ano pela sua aproximação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e porque esperavam "reciprocidade" do prefeito, que assumiu o governo da cidade com a morte de Covas logo no início do seu segundo mandato, em maio de 2021. Há, no entanto, capitais em que os tucanos devem se aliar ao PL, como em Campo Grande (MS). O acerto não foi vetado pela direção nacional do partido.

Nas conversas em São Paulo, articuladores de Nunes avaliaram que o PSDB agregaria menos do que outras siglas e acabaram cedendo o posto de número dois da chapa ao PL. Será o ex-comandante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) e coronel da reserva da Polícia Militar Ricardo Mello Araújo (PL), seguidor fiel de Bolsonaro e que reproduz o discurso radical do ex-presidente em temas como vacina, urnas eletrônicas e a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF). Com isso, o emedebista afasta a possibilidade de um concorrente apoiado diretamente por Bolsonaro e tenta atrair o voto conservador para chegar ao segundo turno.

Diante dessa sinalização, os tucanos decidiram negar apoio e procurar um candidato próprio e distante tanto de Bolsonaro, quanto do PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Uma comissão provisória foi instalada na capital para encaminhar esse posicionamento, chefiada por José Aníbal. O movimento uniu toda uma ala de insatisfeitos que defendiam o acerto com o prefeito, entre eles os oito vereadores que anunciaram desfiliação na janela partidária. O racha culminou em uma confusão na Assembleia Legislativa do Estado (Alesp), onde ocorreu a convenção partidária, no dia 27 de julho, liderada pelo ex-presidente do diretório municipal Fernando Alfredo.

Datena tem como vantagem o fato de ser um nome conhecido do eleitorado paulistano. Em pesquisa da Genial/Quaest divulgada em 30 de julho aparece num empate triplo na liderança com 19% das intenções de voto, contra 20% de Nunes e outros 19% do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL). O levantamento mostra que o "neotucano" é conhecido por 90% dos entrevistados e rejeitado por 48% que não votariam nele. Ele lidera nos dois índices em comparação com os concorrentes.

Nos bastidores, admite-se que Datena está afastado da construção do plano de governo e, mesmo que seja um comunicador talentoso, capaz de criticar adversários de modo eficiente, precisa "estudar" as propostas para ganhar votos nos debates. Fato é que a campanha nem começou e o candidato já entrou em atrito com integrantes, como quando desautorizou um representante que, em sabatina da CBN em parceria com o GLOBO, declarou ser "fundamental" ampliar a quantidade de radares de velocidade em São Paulo, chamados por ele de uma "grande sacanagem".

— Hoje, em questão de legado, eu penso muito no legado do meu pai, e o Tomás mais no legado do pai dele — diz Covas Neto, para quem o acerto entre Nunes e Bolsonaro, que tem como ídolo um torturador da ditadura, o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, estabelece um limite que o PSDB não deve cruzar.

Origens

Nascido em Santos, no litoral do Estado de São Paulo, em 1930, Mário Covas foi o primeiro da família a se engajar na política, contrariando a vontade de seu pai. "Zuza", como era conhecido pelos amigos de infância, deu início à carreira no movimento estudantil. Casou-se com Florinda Gomes, a Lila, em 1947, com quem teve três filhos: Renata, Mário e Silvia, que veio a falecer ainda jovem, em um acidente de moto.

Engenheiro formado pela Universidade de São Paulo (USP), testou-se nas urnas pela primeira vez como candidato à prefeitura de Santos, em 1961, pelo Partido Social Trabalhista (PST), apoiado por Jânio Quadros, mas ficou em segundo lugar. A história guarda uma curiosidade: o candidato eleito na época, Luís La Scala Júnior, faleceu antes da posse por conta de um acidente de trânsito envolvendo o táxi onde estava e um veículo de autoescola. Disso decorreu uma disputa jurídica para saber quem assumia: o segundo colocado, Mário Covas, ou o vice, José Gomes, do PTB. A decisão (favorável a Gomes) serviu de precedente, segundo Covas Neto, para transmitir o cargo do presidente Tancredo Neves ao vice José Sarney, em 1985.

Mario Covas foi eleito deputado federal no ano seguinte e participou da fundação do MDB, partido de oposição da ditadura militar, em 1965. Atuou como líder da oposição até o Ato Institucional nº. 5 (AI-5), em 1969, que fechou o Congresso e cassou parlamentares. Covas teve os direitos políticos suspensos por dez anos e só retornou a cargos públicos em 1982, eleito novamente para a Câmara dos Deputados.

No ano seguinte, ocupou o cargo de Secretário de Transportes do Estado, na época governado por Franco Montoro. Exerceu mandato "biônico" de prefeito de São Paulo, novamente indicado por Montoro, em uma disputa interna contra Orestes Quércia. Sucedido por Jânio Quadros, voltou ao Congresso como senador, em 1986, e foi nomeado líder do MDB na Assembleia Nacional Constituinte.

Pelo fato de o MDB possuir a maior bancada, explica Couto, Mário Covas teve participação decisiva na distribuição de cargos nas comissões e fez um contraponto ao grupo que está na origem do "Centrão", na época, formado por políticos mais à direita que os seus indicados políticos. Em 1988, foi uma das principais lideranças a fundar o PSDB, em uma dissidência do MDB insatisfeita com a atuação do grupo de Quércia em São Paulo.

Foi candidato a presidente pelo PSDB em 1989, ficando em quarto lugar, atrás de Fernando Collor (PRN), Lula (PT) e Leonel Brizola (PDT). Em 1994, foi eleito governador de São Paulo e reeleito em 1998. A passagem ficou marcada por políticas de austeridade e costuma ser lembrada pelos projetos do Poupatempo e o início das obras do Rodoanel, que hoje leva o seu nome. Morreu de câncer em 2001, aos 70 anos, no final do seu segundo mandato no Palácio dos Bandeirantes.

A família atuou sempre mais nos bastidores, incluindo Lila, Renata e Mário Covas Neto, que volta e meia era chamado a auxiliar nos gabinetes e escritórios de campanha. Até a sua morte, não havia outro de sua linhagem disputando cargos públicos. Covas Neto entrou tardiamente na política, somente em 2016, depois de fazer carreira como piloto de automobilismo. Foi eleito, pelo PSDB, vereador por dois mandatos.

Na mesma época, outro Covas já despontava com potencial dentro do PSDB. Bruno, filho de Pedro Lopes, engenheiro da Autoridade Portuária de Santos, e Renata Covas, filha de Mário e Lila. Desde a infância, esteve ligado ao PSDB, com a carteirinha do "Clube dos Tucaninhos". Aos 14 anos, morou na capital com o avô, na sede oficial do governo paulista.

Formado em economia e direito, Bruno Covas disputou a primeira eleição em 2004, como vice-prefeito da chapa tucana "puro sangue" de Raul Christiano na cidade de Santos. Foi casado com a economista Karen Ichiba, com que teve seu filho, Tomás Covas, e de quem se divorciou dez anos depois.

Bruno foi eleito por duas vezes deputado estadual, em 2006 e 2010, a primeira com o tio, Mário Covas Neto, coordenando a sua campanha, e ocupou o cargo de secretário estadual do Meio Ambiente na gestão do governador Geraldo Alckmin. Em 2014, elegeu-se deputado federal, até ser convidado para o posto de vice do empresário João Doria, candidato tucano à prefeitura de São Paulo, em 2016, que não era favorito.

Em abril de 2018, com a licença de Doria para concorrer ao governo do Estado, assumiu a prefeitura da cidade. Entre os episódios marcantes do período em que governou a cidade de São Paulo, precisou lidar com a queda de um viaduto sobre a Marginal Pinheiros, uma das principais vias expressas da cidade, a greve dos caminhoneiros de 2018 e os primeiros meses da pandemia de covid-19, em 2020.

Atritos

Ao longo dos anos, a política afetou as relações da família Covas. Alguns episódios, particularmente, afastaram o tio, Mário Covas Neto, do sobrinho, Bruno Covas. Um deles foi a eleição para a presidência da Câmara Municipal, em 1º de janeiro de 2017, que cedeu o primeiro dos quatro mandatos consecutivos ao vereador Milton Leite (União Brasil). Covas Neto alega que o prefeito, João Doria, havia prometido o cargo durante a campanha eleitoral e descumpriu a palavra. Bruno era vice-prefeito.

O mal-estar dentro do partido culminou na saída do tio do PSDB, que se filiou ao Podemos. Na sigla, disputou três eleições e perdeu todas: senador em 2018 (ficou em 6º lugar, com 6% dos votos), vereador em 2020 (teve cerca de 10,5 mil votos) e deputado federal em 2022 (pouco menos de 5 mil votos). A relação também ficou estremecida entre os dois durante essas campanhas, por conta da atuação de auxiliares da prefeitura que, segundo Covas Neto, não concordavam em ajudá-lo.

Hoje, o ex-vereador minimiza esses episódios. Apesar do distanciamento, Covas Neto leu trechos da missa no velório do sobrinho. O enterro foi restrito à família no Cemitério do Paquetá, em Santos, onde o corpo do avô também foi sepultado. E diz ter o desejo de caminhar junto politicamente com o lado da família de Bruno em outro momento. A sua irmã, Renata, mãe do prefeito morto e que tinha atuação partidária em Santos, deixou o PSDB no dia do anúncio da pré-candidatura de Datena.

Já Tomás quase não tem contato com lado da família do tio-avô, o que o parente mais velho encara como natural pela conexão distante. Até o final desta semana, Tomás não havia sido convidado para participar da propaganda eleitoral de rádio e TV de Nunes. Entretanto, diz estar "à disposição" para contribuir com ela. A propaganda será produzida por Duda Lima, marqueteiro que atuou na eleição mais recente de Bolsonaro. Tomás considera que, se outro candidato usar a imagem de seu pai, Bruno, na corrida eleitoral, será "oportunismo político".

O jovem tucano não deseja sair do PSDB. Tem planos de se candidatar em 2026, para deputado estadual ou federal, quando terá 20 anos de idade. Será o quarto Covas a ir às urnas.

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