Política

Prêmio Faz Diferença presta homenagem aos destaques de 2014 em 17 categorias

Juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava-Jato, foi eleito Personalidade do Ano
Os vencedores do 12º Prêmio Faz Diferença, promovido pelo GLOBO Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo
Os vencedores do 12º Prêmio Faz Diferença, promovido pelo GLOBO Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

RIO - A 12ª edição do Prêmio Faz Diferença, uma iniciativa do jornal O GLOBO, prestou homenagem aos brasileiros que mais contribuíram com seu talento e profissionalismo para mudar o país em 2014. A cerimônia de premiação aconteceu na noite desta quarta-feira no Golden Room do Copacabana Palace, no Rio. Como nas outras edições, o colunista Ancelmo Gois e a jornalista Miriam Leitão apresentaram o prêmio, que tem o patrocínio da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O juiz federal Sérgio Moro — responsável pela Operação Lava-Jato — foi eleito Personalidade do Ano. Ao receber o prêmio, o magistrado reafirmou seu compromisso de aplicar a justiça de maneira imparcial.

O juiz Sérgio Moro recebe o Prêmio Faz Diferença como Personalidade do Ano do vice-presidente do Grupo Globo, João Roberto Marinho, e do Diretor de Redação do GLOBO, Ascânio Seleme Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo
O juiz Sérgio Moro recebe o Prêmio Faz Diferença como Personalidade do Ano do vice-presidente do Grupo Globo, João Roberto Marinho, e do Diretor de Redação do GLOBO, Ascânio Seleme Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

- Eu, como juiz, não posso fazer promessas. O que eu  posso prometer, que é um dever de juiz, é fazer o melhor de mim para julgar o caso segundo a lei, as provas que forem apresentadas, respeitando os direitos dos acusados, das vítimas e da sociedade. O objetivo é sempre a aplicação da justiça de maneira imparcial, de maneira igual, julgando as provas do processo. E esse compromisso, realmente, eu tenho.

Moro lembrou que o trabalho na Lava-Jato é coletivo:

- É um trabalho coletivo daquilo que a Polícia Federal e a imprensa chama de Operação Lava-Jato. Não um trabalho de um juíz puro e evidente. Existe um trabalho de investigação feito pela Polícia Federal e que merece todos os elogios. O Direito é sempre uma obra coletiva.

CONFIRA A ÍNTEGRA DA CERIMÔNIA

E ressaltou que a imprensa tem tido um papel fundamental nas investigações:

- Não no sentido, como colocam, de forma negativa, como uma espécie de conspiração. Mas, sim, levando a informação de tudo o que acontece no processo para o público em geral. Existe um compromisso com a veracidade do processo. Não é uma escolha individual. É a Constituição que determina que o processo deve ser, em regra, público, e apenas, excepcionalmente, ser conduzido em sigilo. Isso, se levado à risca, tem propciado que a população, a sociedade civil organizada, seja informada a respeito dos fatos que sejam relevantes do processo.

Sobre as recentes manifestações no país, o juiz disse que ficou particularmente tocado.

- Há um consenso: todos nós somos contra a corrupção, todos somos contra o crime. E entendemos, seja do campo da direita, seja do campo da esquerda, ou no campo político do centro, que quando a corrupção é identificada deve ser adequadamente punida. Tenho fé que, com o apoio da opinião pública, da população, nós possamos caminhar adiante com esse processo.

Vítima do ex-médico Roger Abdelmassih, Vana Lopes, vencedora do prêmio na categoria País, homenageou as mulheres que são alvo de violência. Após a fuga de Abdelmassih, a estilista criou um grupo no Facebook para reunir vítimas do ex-médico e um e-mail para denúncias. Em três anos, montou uma rede de informantes que conseguiu juntar mais de 300 documentos sobre movimentações financeiras e viagens. Os dados, passados à polícia e ao Ministério Público, foram essenciais para a prisão do acusado de abusar sexualmente de suas pacientes.

Vana recebeu o Prêmio Faz Diferença das mãos da editora-executiva Silvia Fonseca, e do editor de País, Alan Gripp.

- É muito difícil exercer cidadania neste país, mas não é impossível. Todas as mulheres que sofrem com violência, doméstica ou por estigma, devem se encher de coragem para denunciar, porque o silêncio faz o algoz mais forte.

Leonardo Sakamoto, presidente da ONG Repórter Brasil, que foi premiada na categoria Economia pela atuação para a aprovação da PEC do Trabalho Escravo, ressaltou que o combate ao trabalho escravo, bandeira há 14 anos da entidade, é uma tarefa árdua.

- Os que defendem o combate ao trabalho escravo são alvo das mesmas críticas que os abolicionistas sofreram há 127 anos - observou. - Podem calar uma voz, mas não uma ideia. Ainda mais uma ideia que transpira liberdade - disse Sakamoto ao receber o prêmio da editora de Economia, Maria Fernanda Delmas, e do colunista George Vidor.

A empresa GE Celma, com Júlio Talon à frente, foi premiada na categoria Economia: Desenvolvimento do Rio. O representante da companhia recebeu o prêmio de Marcello Moraes, diretor-geral da Infoglobo, e Eduardo Eugênio Gouvea Vieira, presidente do Sistema Firjan Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo
A empresa GE Celma, com Júlio Talon à frente, foi premiada na categoria Economia: Desenvolvimento do Rio. O representante da companhia recebeu o prêmio de Marcello Moraes, diretor-geral da Infoglobo, e Eduardo Eugênio Gouvea Vieira, presidente do Sistema Firjan Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo

O engenheiro químico Julio Talon representou a GE Celma, empresa de montagem e conserto de motores aeronáuticos, com sede em Petrópolis desde 1951. Ele recebeu o prêmio na categoria Desenvolvimento do Rio das mãos do diretor geral da Infoglobo, Marcelo Moraes, e do presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouvea Vieira.

- Comecei na empresa como estagiário, há 29 anos. Muito obrigado ao GLOBO e à Firjan. Esse prêmio é um dos mais importantes ao longo dos 64 anos da GE Celma. Nós representamos aqui todas as indústrias do Estado do Rio que fazem acontecer. Esse prêmio é dos 1.800 colaboradores da empresa. Uma equipe comprometida, que tem orgulho do que faz.

Antes de subir ao palco para receber o prêmio na categoria Revista da TV, o ator Tony Ramos recebeu uma homenagem do diretor e amigo Daniel Filho, que relembrou momentos de quando trabalharam juntos na novela "O Astro", de 1977, e arrancou gargalhadas da plateia com causos vividos pelos dois em 40 anos de amizade. Em um discurso emocionado, Daniel Filho ressaltou que Tony é uma unanimidade entre os profissionais da classe artística, como pessoa solidária com os companheiros e como ator completo.

A FESTA DO FAZ DIFERENÇA EM IMAGENS

Tony recebeu o prêmio das mãos da colunista Patricia Kogut e da editora da Revista da TV, Valquíria Daher, e aproveitou para cumprimentar outros premiados da noite, como o matemático Artur Ávila e a atriz Nathalia Timberg.

Em seu agradecimento, Tony preferiu falar de um sonho: educação integral e de qualidade no Brasil. E reforçou o compromisso social do ator na construção dessa realidade.

- Quando recebo uma homenagem dessa, um filme se passa pela minha cabeça. Os 140 personagens da minha carreira me fazem lembrar da importância da educação em qualquer profissão. Uma educação plena em nosso país pode ser uma utopia, mas dela também vivemos. E fazer a diferença no ofício de ator é entender que qualquer segmento da sociedade, como o meu do entretenimento, é também responsável por transformar esse sonho em algo possível.

Alunos do Colégio Carolina Patrício, da Barra, vencedores na categoria Rio, foram os primeiros a subir no palco para receber o prêmio. No ano passado, eles rasparam o cabelo num ato de solidariedade à mestra Norma Ribeiro do Carmo, que está em tratamento contra um câncer. Um dos estudantes falou em nome de outros 39 colegas que participam da rede de apoio à professora, que chegou às lágrimas.

- Dedicamos esse prêmio à nossa professora Norma, o nosso maior exemplo. A gente te ama - disse o estudante Lucas Peon, 17 anos

Presente ao evento e muito emocionada, Norma disse que foi uma surpresa a atitude de seus alunos. Ela já encarou três sessões de quimioterapia. E fará uma cirurgia em abril.

- A atitude deles me encorajou ainda mais. A solidariedade deveria ser regra na sociedade. O que eles fizeram foi muito bonito.

Um dos idealizadores da homenagem, Bernardo Gandara, de 17 anos, disse que o prêmio é uma homenagem a todos que "fazem o bem ao próximo" sem se importarem com as consequências.

A turma recebeu o prêmio das mãos do editor de Rio, Rolland Gianotti, e do chefe da sucursal de São Paulo, Luiz Novaes.

Assim que subiu ao palco para receber o prêmio na categoria Segundo Caderno/Artes Visuais, o capixaba Paulo Herkenhoff, de 66 anos, fez questão de falar no coletivo. O diretor artístico do Museu de Arte do Rio (MAR) desde a sua inauguração disse que a instituição só é bem sucedida, porque tenta levar a arte e a educação a todas as camadas da sociedade.

- O MAR é uma iniciativa da prefeitura, mas ele é feito por todos - disse Herkenhoff, que recebeu o prêmio das mãos das editoras Léa Cristina e Manya Millen.

Durante seu discurso, Herkenhoff também lembrou de seu passado como professor de faculdade de Direito. E disse que é uma honra estar sendo homenageado em um mesmo evento que o juiz Sérgio Moro, eleito a Personalidade do Ano.

Os colunistas Míriam Leitão e Ancelmo Gois apresentaram a 12ª edição do Prêmio Faz Diferença Foto: Fabio Rossi / Fabio Rossi
Os colunistas Míriam Leitão e Ancelmo Gois apresentaram a 12ª edição do Prêmio Faz Diferença Foto: Fabio Rossi / Fabio Rossi

O surfista Gabriel Medina, o primeiro brasileiro a vencer o Circuito Mundial de Surfe, está no Havaí treinando para a segunda etapa do campeonato este ano e não pôde comparecer à cerimônia. Vencedor na categoria Esportes, ele enviou um vídeo em que agradeceu a homenagem.

- Queria estar presente para receber esse prêmio tão importante. Mas não foi possível, infelizmente. Fico feliz pela homenagem - disse Medina.

Para receber o prêmio das mãos do editor de Esportes, Marceu Vieira, e do editor de Qualificação e Treinamento, Mario Toledo, a mãe do surfista, Simone Medina, subiu ao palco.

- O Gabriel fez a diferença em 2014. E nosso país precisa de mais jovens fazendo a diferença - disse Simone, bastante emocionada.

Também concorreram na categoria com Medina o time de basquete do Flamengo, que venceu a Copa Intercontinental, e o tenista Bruno Soares, campeão de duplas mistas do US Open pela segunda vez.

Cleonice Berardinelli, de 98 anos, recebeu o Prêmio Faz Diferença na categoria Prosa das mãos dos colunistas do GLOBO Zuenir Ventura e Merval Pereira, seus colegas de Academia Brasileira de Letras. No palco, dona Cleo brincou:

- É uma alegria grande. Experimento agora receber um dos prêmios mais metidos, mais importantes que se tem distribuído no Rio de Janeiro - disse ela, fazendo todos rir, para completar: - Fiquei com pena de ter sido escolhida na categoria Prosa, embora tenha entendido. Também não sou poeta, embora tenha feito uns versinhos dignos de uma menina de sete anos.

Ela falou ainda sobre Camões e Fernando Pessoa, poetas nos quais é especialista:

- Eu me encontrei quando passei a escrever sobre Pessoa. Falar de Pessoa é um prazer super infinito. Camões está na mesma altura.

Em seu discurso, Adalberto Veríssimo, fundador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e ganhador na categoria Sociedade/Sustentabilidade, disse que é preciso reconhecer não só o trabalho do Imazon mas o trabalho coletivo de centenas de pessoas que nos últimos dez anos ajudaram a reduzir o desmatamento da Amazônia.

- Eles são agentes públicos, empresários e cientistas. A Amazônia ainda é um território desconhecido, apesar de representar 60% do nosso território. Mas é nela que reside a oportunidade do Brasil de se encontrar com seu futuro - ressaltou Veríssimo, que recebeu o prêmio do colunista José Casado e do editor de Arte do GLOBO, Rubens Paiva.

O matemático Artur Ávila, primeiro brasileiro a ganhar a Medalha Fields, recebeu o prêmio na categoria Sociedade/Ciência e Saúde, das mãos da editora do Globo a Mais, Ana Lúcia Azevedo, e do chefe da sucursal do GLOBO em Brasília, Sérgio Fadul.

- Quando recebi a Medalha Fields, assumi a responsabilidade de contribuir para a divulgação da matemática brasileira e também de apresentar a carreira de pesquisador como uma opção para os jovens. É possível fazer uma excelente ciência no Brasil. E gostaria de lembrar que, em 2018, teremos um evento muito importante no país: o Congresso Internacional de Matemáticos, ainda mais importante do que a Copa ou as Olimpíadas! Será a primeira vez que o hemisfério sul receberá esse congresso, e ele será no Brasil, o que mostra nosso prestígio no meio da matemática - disse Ávila, após receber o prêmio.

Na categoria Segundo Caderno/Música, o jornalista, produtor e escritor Nelson Motta, de 70 anos, recebeu o troféu de Aluizio Maranhão, editor de Opinião do GLOBO, e de Inês Amorim, editora do caderno RioShow:

- Muito obrigado por esse prêmio. Desde o início eu sempre fui um jornalista movido pela vontade de curtir e compartilhar. Como um Facebook - disse Nelson Motta, arrancando risos. - Meu pai dizia que quem recebeu mais tem que dar mais. E, como a vida foi generosa comigo, minha forma de fazer a diferença é dividir e multiplicar minhas descobertas e criações.

José Carlos Avellar, coordenador de cinema do Instituto Moreira Salles (IMS), representou a instituição, ao subir ao palco para receber o prêmio na categoria Segundo Caderno/Cinema. O troféu foi entregue por Fátima Sá, editora do Segundo Caderno, e Eduardo Diniz, editor do site do GLOBO.

- Tentamos mostrar com nosso trabalho que um filme não é só o que se passa na tela, mas o que se projeta na mente do espectador. Estamos muito agradecidos pelo reconhecimento desse trabalho. O que faz diferença no IMS é usar um espírito de criatividade que nos estimula a todos.

Logo após receber a premiação das mãos do editor executivo Chico Amaral e editora Sandra Cohen, o vencedor na categoria Mundo, Wanderlino Nogueira Neto, fez um dos discursos mais aplaudidos da noite desta quarta-feira, no Copacabana Palace. Em especial quando ele disse que é preciso ter uma atenção extra às discriminações de gênero e faixa etária.

No Copacabana Palace, a festa de entrega do Prêmio Faz Diferença reúne convidados e premiados Foto: Fabio Rossi / Agência O Globo
No Copacabana Palace, a festa de entrega do Prêmio Faz Diferença reúne convidados e premiados Foto: Fabio Rossi / Agência O Globo

- Obrigado a todos que me colocaram nesse palco. Mas eu declino da homenagem para agradecer a todos aqueles que me fizeram chegar até aqui - disse Wanderlino, que completa 70 anos nesta quinta-feira.

Único brasileiro no Comitê dos Direitos da Criança da ONU, o advogado baiano é um dos autores do relatório que pela primeira vez denunciou o Vaticano pela adoção de políticas que permitiram sacerdotes abusarem sexualmente de crianças em diversas partes do mundo.

Depois da exibição de um cartum do desenhista Maurício Ricardo em sua homenagem, o chef Claude Troigros subiu ao palco para receber seu prêmio das mãos da editora do Ela, Ana Cristina Reis, e do editor de Vídeo, Roberto Maltchik. Emocionado, o francês que escolheu o Brasil como casa e inspiração de seus pratos falou da paixão pela cozinha.

- Amanhã estreio novo programa da GNT em que quase todo dia eu chorava. Chorava não só pelos concorrentes que saíam, mas porque eles davam tudo de si pelos pratos. E é isso que faço há 45 anos de profissão e 35 anos de Brasil.

O vencedor na categoria Caderno Ela ainda homenageou aqueles que "fazem um trabalho importante que representa um país".

- O Batista é um dos meus 400 funcionários e todos os dias me faz crescer - afirmou o chef, referindo-se ao seu fiel escudeiro, estrela também dos programas de TV. - Agradeço também aos produtores da terra maravilhosos, que fazem um trabalho difícil e muitas vezes não reconhecido.

Convidados na varanda do Copacabana Palace Foto: Fabio Rossi / Agência O Globo
Convidados na varanda do Copacabana Palace Foto: Fabio Rossi / Agência O Globo

A atriz Nathalia Timberg, de 85 anos, recebeu o troféu da categoria Segundo Caderno/Teatro das mãos de Cleo Guimarães, editora da coluna Gente Boa, e Jorge Bastos Moreno, colunista do GLOBO.

- Nós todos já passamos por momentos de escuridão. Num deles, décadas atrás, eu estava preocupada com o sentido de minha função como ser humano, quando uma pessoa iluminou a minha vida, dizendo algo que pelo visto me trouxe até aqui: quando atuamos e tocamos a inteligência e a sensibilidade de um povo, fazemos mais do que qualquer prefeito. Acredito que de alguma forma consegui justificar minha estada aqui. Obrigado se de alguma forma eu consegui tocar a sensibilidade de alguém - disse Nathalia, que celebrou 60 anos de carreira em 2014 e está atualmente na novela "Babilônia".

Antes de receber o prêmio, a atriz comentou o beijo entre a sua personagem e a de Fernanda Montenegro. A cena, exibida logo no primeiro capítulo, gerou forte repercussão.

- Não tive contato direto com a repercussão, porque não frequento as redes sociais. De repente me senti submersa pelas informações de que havia sido um escândalo! - riu a atriz. - Foi um grande primeiro capítulo.

Centro de excelência em pesquisas, o Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) venceu na categoria Sociedade/Educação. Cesar Camacho, diretor da instituição que comemora os dez anos da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), recebeu o prêmio do editor Executivo Paulo Motta e do editor de Sociedade, William Helal:

- Participam da Olimpíada 18 milhões de estudantes de quase todos os municípios do Brasil, e apenas 500 deles ganham medalha de ouro. Os ganhadores se sentem incentivados a perseguirem uma carreira em exatas, como a Marta, uma menina do sertão de Alagoas que descobriu seu interesse por matemática ao participar de uma olimpíada. Agora, ela estuda na Universidade Federal de Alagoas e sonha em fazer mestrado e doutorado no Impa. As olimpíadas de matemática provaram que o talento está distribuído igualmente por todas as classes sociais, raças ou gênero".

Tony Ramos, Luis Fernando Verissimo e Claude Troisgros Foto: Fabio Rossi / Agência O Globo
Tony Ramos, Luis Fernando Verissimo e Claude Troisgros Foto: Fabio Rossi / Agência O Globo

Cantor, arranjador e pianista nascido no Acre, João Donato recebeu o Faz Diferença na categoria Revista O GLOBO. O prêmio foi entregue pela editora da publicação, Gabriela Goulart, e pelo editor Executivo Pedro Dória. Antes de subir ao palco, ele assistiu a seu filho e pupilo, Donatinho, em uma animada apresentação ao lado da banda Bossa Inova.

Em seu agradecimento, João Donato usou de seu carisma para homenagear sua irmã mais velha, a pianista Eneida Maria, a quem credita sua iniciação musical.

- Eu acordava com ela tocando piano, quando era criança. Suas lindas músicas foram minha primeira influência - contou.

O músico também dedicou o prêmio à mulher, por inspirá-lo em suas composições, e a seu filho Donatinho, a quem chamou de ídolo.

Os jornalistas de cada uma das seções do GLOBO indicaram as três pessoas, empresas ou instituições que mais se destacaram nas páginas do jornal em 2014, pela atuação em suas áreas. São elas: País, Rio, Economia, Mundo, Esportes, Prosa, Revista da TV, Sociedade/Sustentabilidade, Sociedade/Ciência e Saúde, Sociedade/Educação, Revista O Globo, Ela, Segundo Caderno/Música, Segundo Caderno/Teatro, Segundo Caderno/Cinema, Segundo Caderno/Artes Visuais.

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), também indicou, para a categoria Desenvolvimento do Rio, as três empresas que mais conseguiram aliar visão de negócios, respeito aos funcionários e ao meio ambiente, e ênfase em projetos sociais.

Os homenageados desta noite foram eleitos por um júri composto por jornalistas do GLOBO, o vencedor do ano anterior e pelo resultado da votação popular no site do jornal.