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TSE vai apurar se houve propaganda antecipada e abuso de poder em atos de 7 de setembro

Vídeos foram incluídos em inquérito administrativo que investiga a articulação de rede de pessoas que disseminam notícias falsas
Bolsonaro atacou STF e o ministro Alexandre de Moraes, em discurso em São Paulo no 7 de setembro Foto: Divulgação
Bolsonaro atacou STF e o ministro Alexandre de Moraes, em discurso em São Paulo no 7 de setembro Foto: Divulgação

BRASÍLIA — O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Luis Felipe Salomão, determinou nesta quarta-feira a apuração sobre pagamento de transporte e diárias a quem participou das manifestações realizadas no dia 7 de Setembro por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido)  e se houve conteúdo de campanha eleitoral antecipada.

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O ministro também mandou incluir no inquérito administrativo provas de vídeo e notícias divulgadas pela imprensa que demonstrariam que manifestações podem ter sido financiadas por empresários ou políticos.

Para o ministro, notícias divulgadas na imprensa e vídeos que circulam nas redes sociais mostram situações que podem ter conotação de abuso de poder econômico e político. Por isso, pediu à Polícia Federal que transcreva e investigue o material.

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“Há notícias nos grandes veículos de comunicação e redes sociais, que apontam que foram confeccionados bonés e roupas, com a mesma finalidade e com eventual intuito eleitoral, o que pode ainda caracterizar possível campanha eleitoral antecipada”, explicou o corregedor.

Segundo o despacho desta quarta-feira, o material é um vídeo divulgado nas redes sociais que mostra cenas do interior de um ônibus que supostamente saiu de Pompeia, interior de São Paulo.

O inquérito administrativo foi aberto pelo TSE no início de agosto com o objetivo de apurar a articulação de rede de pessoas que disseminam notícias falsas, investiga fatos que possam configurar abuso do poder econômico e político, uso indevido dos meios de comunicação social, corrupção, fraude, condutas vedadas a agentes públicos e propaganda antecipada, relativamente aos ataques contra o sistema eletrônico de votação e à legitimidade das Eleições 2022.