2020
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Por Luccas Oliveira


Para o cantor e compositor paulistano Emicida, a vitória só acontece se for coletiva. Esse lema move, inclusive, o álbum “AmarElo”, desdobrado num documentário no streaming que simboliza a força do coletivo e da representatividade: numa noite considerada histórica, liderada pelo MC de 35 anos, o Theatro Municipal foi palco de um show potente nos mais diversos sentidos, e protagonizado por artistas negros, do palco aos bastidores.

— O sucesso, que é um termo relativo, só interessa se for coletivo e se nos lembrarmos que alcançamos ele devido àqueles que vieram antes — exalta o artista, revelado em batalhas de hip hop paulistanas e vencedor de um Grammy latino por “AmarElo”, em 2020. — O Emicida só “faz a diferença” porque existiu o Movimento Negro Unificado (MNU), a Lélia Gonzalez e tantos outros que pavimentaram o nosso caminho. Acho que é isso que tem nos guiado e que serve de base para o que temos construído.

Emicida venceu o Faz Diferença 2020 — prêmio do Globo com apoio da Firjan — na categoria Música. Indo além dela, ele espalhou ideias, visões e mensagens para outros meios e públicos. Está na TV como integrante do “Papo de segunda”, no GNT, e em breve comandará seu próprio programa no canal, através de sua produtora, Laboratório Fantasma. Sua entrevista ao programa “Roda viva”, na TV Cultura, foi uma das que mais repercutiu no ano, quando afirmou, entre outras coisas, que “a gente precisa que a democracia do Brasil reconheça que é sabotada pelo racismo”. Também em 2020, ele lançou seu segundo livro infantil, “E foi assim que eu e a escuridão ficamos amigas”, seguindo o sucesso de “Amoras”.

Com participações de nomes diversos, como Zeca Pagodinho, Fernanda Montenegro e Marcos Valle, e contribuição póstuma de Wilson das Neves, “AmarElo”, tratado desde seu lançamento como um “experimento social”, se expandiu não só para o documentário da Netflix, ganhando ainda podcasts, debates em lives e, mais recentemente, o registro na íntegra do show no Municipal. A faixa-título do disco, que sampleia uma canção de Belchior e conta com as vozes de Pabllo Vittar e Majur (uma drag queen e uma cantora trans), virou um dos hinos da pandemia, com os versos “Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro!”.

Jurados:

Inês Amorim (editora do Rio Show); Sérgio Maggi (editor de Mídias Sociais); Silvio Essinger (repórter e crítico); e Iza (cantora, vencedora na categoria em 2019).

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