Rio

Caso Henry: mãe do menino vai ficar em hospital penitenciário até se recuperar da Covid-19

Exame mostrou que a professora encontra-se com 5% dos pulmões comprometidos pela doença
Foto de Monique Medeiros ao ingressar no sistema penitenciário Foto: Reprodução
Foto de Monique Medeiros ao ingressar no sistema penitenciário Foto: Reprodução

RIO - Diagnosticada com Covid-19 na última segunda-feira, Monique Medeiros da Costa e Silva, mãe do menino Henry Borel, de 4 anos, permanecerá no Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, até se recuperar completamente. O laudo da tomografia computadorizada a que ela foi submetida nesta terça-feira no Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, apontaram que 5% dos pulmões da professora estão comprometidos pela doença.

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"A extensão do acometimento do parênquima pulmonar é de 5%", diz trecho do laudo, que relata ainda que a área afetada é a do lobo inferior esquerdo do pulmão. Apesar disso, de acordo com informações da Secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap), ela passa bem. Segundo a pasta, ela "continuará isolada e recebendo o acompanhamento médico devido" no hospital penitenciário.

Monique foi diagnosticada com Covid-19 após fazer um exame de PCR no Instituto Penal Ismael Sirieiro, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, onde estava presa desde 8 de abril. Ela e o namorado, o vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido), são apontados pela Polícia Ciivil como responsável pela morte de Henry.

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Após os dois se apresentarem com o mesmo advogado, Monique decidiu trocar sua defesa. Os novos representantes afirmam que a dinâmica do que aconteceu no apartamento 203 do bloco I do condomínio Majestic, no Cidade Jardim, na madrugada de 8 de março, “foi diametralmente oposta ao que foi colocado” pelo casal inicialmente. Em depoimento prestado na 16ª DP (Barra da Tijuca), oito dias depois do ocorrido, Monique corroborou as informações dadas pelo namorado , de que os dois encontraram o menino no chão com mãos e pés gelados e olhos revirados e acreditavam que ele poderia ter caído da cama.

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O advogado Hugo Novais, um dos novos representantes da professora, cita a necessidade de Monique ser ouvida novamente na delegacia, como ocorreu com a babá, a empregada da família e com Debora Mello Saraiva, uma ex-namorada de Jairinho. As três acrescentaram e retificaram informações aos depoimentos prestados anteriormente:

- Tanto a babá quanto a ex-namorada afirmaram ter medo dele. Será que a única pessoa que não teve o depoimento influenciado por Jairinho foi Monique? É uma questão de raciocínio.