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Caso Henry: 'Vimos a justiça começando a ser feita', diz pai do menino

Leniel Borel fez postagem numa rede social horas após a Polícia Civil do Rio dar mais detalhes da investigação sobre a morte da criança
Menino Henry: menino morreu aos 4 anos de idade, segundo a polícia, após ter sido espancado Foto: Reprodução
Menino Henry: menino morreu aos 4 anos de idade, segundo a polícia, após ter sido espancado Foto: Reprodução

RIO — Horas após a Polícia Civil do Rio e o Ministério Público revelarem mais detalhes da investigação da morte de Henry Borel , de 4 anos, o pai do menino, Leniel Borel, fez uma postagem numa rede social comentando o fato. O padrasto da criança, o vereador Jairo Souza Santos Júnior, Dr. Jairinho, e a mãe dela, a professora Monique Medeiros da Costa e Silva, foram indiciados pelo crime . "Henry, hoje vimos a justiça começando a ser feita", escreveu Leniel.

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Ele fez agradecimentos: "Deus, obrigado primeiramente pelo filho maravilhoso que me destes. Agradeço por atender nossas orações, não deixar nada encoberto e fazer prevalecer sua justiça", diz outro trecho da postagem. Leniel finaliza a mensagem mencionando o carinho que recebeu: "A todos os amigos, família, igreja, muito obrigado pelas orações, palavras de carinho e todo o apoio que temos recebido diariamente. Juntos seremos sempre fortes!".

Henry Borel morreu em 8 de março deste ano, no apartamento onde viviam a mãe e o padrasto, num condomínio na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O laudo cadavérico apontou que o menino não havia sofrido um acidente doméstico , como sustentavam Jairinho e Monique: a causa da morte foi hemorragia interna e laceração hepática causada por ação contundente.

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O casal foi preso um mês após o crime, por atrapalhar as investigações. Na última sexta-feira, dia 30 de abril, a 16ª DP (Barra da Tijuca) concluiu o inquérito sobre a morte de Henry e indiciou Jairinho e Monique pela morte do menino. A mãe escreveu uma carta pedindo para prestar um novo depoimento — a Polícia Civil informou não ver necessidade de ela ser ouvida novamente.

O delegado Antenor Lopes, chefe do Departamento de Polícia da Capital, destacou elementos colhidos ao longo das investigações que apontaram Jairinho como o autor do crime, por meio de sessões de tortura, e Monique por omissão ao não afastar Henry do padrasto
O delegado Antenor Lopes, chefe do Departamento de Polícia da Capital, destacou elementos colhidos ao longo das investigações que apontaram Jairinho como o autor do crime, por meio de sessões de tortura, e Monique por omissão ao não afastar Henry do padrasto