RIO — Ao delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), em 16 de março,
Monique Medeiros da Costa e Silva
, contou ter encontrado, oito dias antes, o filho, Henry Borel Medeiros, de 4 anos, no chão, com mãos e pés gelados e olhos revirados. Em
uma carta
, escrita na última sexta-feira, no Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho, no Complexo Penitenciário de Gericinó, onde recebe tratamento contra a Covid-19, a professora mudou sua versão do depoimento sobre a morte do menino. Em 29 páginas, ela descreve uma rotina de violências, humilhações e crises de ciúmes do namorado, o médico e vereador
Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho
(sem partido), e afirma ter sido o parlamentar quem encontrou a criança com dificuldade para respirar, depois que, segundo ele, Henry havia caído da cama. Os dois estão presos acusados pela morte da criança.
No documento, divulgado pelo Fantástico, da TV Globo, ao qual O GLOBO teve acesso, Monique narra em detalhes o término do seu relacionamento com o engenheiro Leniel Borel de Almeida, pai de Henry, em meados do ano passado. A família morava em uma cobertura na Estrada do Pontal, no Recreio, na Zona Oeste do Rio, e, durante a pandemia, com o acúmulo de trabalho — ele fazia 15 reuniões por dia —, a professora diz ter ficado sobrecarregada com o serviço remoto — ela era diretora da Escola Municipal Ariena Vianna da Silva, em Senador Camará — os afazeres domésticos e cuidados com o filho. Monique explica que Leniel não tinha tempo para os dois e o casamento começou a entrar em “crise”.
Carta foi escrita na última sexta-feira (23), no Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho, no Complexo Penitenciário de Gericinó, onde recebe tratamento contra a Covid-19. A professora descreve uma rotina de violências, humilhações e crises de ciúmes do namorado, o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido) Foto: Reprodução
Carta foi escrita na última sexta-feira (23), no Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho, no Complexo Penitenciário de Gericinó, onde recebe tratamento contra a Covid-19. A professora descreve uma rotina de violências, humilhações e crises de ciúmes do namorado, o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido) Foto: Reprodução
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Carta foi escrita na última sexta-feira (23), no Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho, no Complexo Penitenciário de Gericinó, onde recebe tratamento contra a Covid-19. A professora descreve uma rotina de violências, humilhações e crises de ciúmes do namorado, o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido) Foto: Reprodução
Carta foi escrita na última sexta-feira (23), no Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho, no Complexo Penitenciário de Gericinó, onde recebe tratamento contra a Covid-19. A professora descreve uma rotina de violências, humilhações e crises de ciúmes do namorado, o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido) Foto: Reprodução
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Carta foi escrita na última sexta-feira (23), no Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho, no Complexo Penitenciário de Gericinó, onde recebe tratamento contra a Covid-19. A professora descreve uma rotina de violências, humilhações e crises de ciúmes do namorado, o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido) Foto: Reprodução
Carta foi escrita na última sexta-feira (23), no Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho, no Complexo Penitenciário de Gericinó, onde recebe tratamento contra a Covid-19. A professora descreve uma rotina de violências, humilhações e crises de ciúmes do namorado, o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido) Foto: Reprodução
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Carta foi escrita na última sexta-feira (23), no Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho, no Complexo Penitenciário de Gericinó, onde recebe tratamento contra a Covid-19. A professora descreve uma rotina de violências, humilhações e crises de ciúmes do namorado, o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido) Foto: Reprodução
Carta foi escrita na última sexta-feira (23), no Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho, no Complexo Penitenciário de Gericinó, onde recebe tratamento contra a Covid-19. A professora descreve uma rotina de violências, humilhações e crises de ciúmes do namorado, o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido) Foto: Reprodução
Carta foi escrita na última sexta-feira (23), no Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho, no Complexo Penitenciário de Gericinó, onde recebe tratamento contra a Covid-19. A professora descreve uma rotina de violências, humilhações e crises de ciúmes do namorado, o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido) Foto: Reprodução
Monique diz ter conhecido então, pelo Instagram, Jairinho. Após pedir a separação de Leniel e voltar para a casa da família, em Bangu, ela marcou um almoço no shopping Village Mall com o vereador, em 31 de agosto. O encontro rendeu outro almoço e os dois começaram então a namorar, cerca de 15 dias depois. Ela conta que, a partir daí começaram os primeiros sinais de ciúmes: ele passou a pedir para que ela apagasse fotos de suas redes sociais, colocou um localizador no celular dela, passou a ligar para ela 20 vezes por dia e até a colocar pessoas para segui-la e saber que roupa ela estava malhando em academia.
Monique relata que, em meados de outubro, sabendo que ela estava com Henry no Barra Shopping, o vereador apareceu de surpresa e foi apresentado ao menino como “médico da mamãe”. Às vésperas da eleição, Jairinho teria dito a ela que, aos 42 anos, não tinha mais tempo para desperdiçar e queria apresentá-la para seus três filhos e ainda que fossem morar juntos, em um apartamento alugado no Condomínio Majestic, no Cidade Jardim, na Zona Oeste. A professora explica que, por ser uma pessoa “politicamente exposta”, ele teria pedido que ela agilizasse o divórcio com Leniel, o que foi prontamente atendido. Monique diz que o vereador teria dito para que ela não se preocupasse com a divisão de bens, pois nada faltaria a ela e a Henry.
Monique Medeiros, mãe do menino Hnery cumpre prisão preventiva e será indiciada por tortura e homicídio duplamente qualificado Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo
Após um mês de investigação, a polícia concluiu que o vereador agredia o enteado, e que a mãe da criança sabia disso Foto: Guito Moreto / Agência O Globo
Ao ser questionada durante seu depoimento, Monique afirmou acreditar que Henry possa ter acordado, ficado em pé sobre a cama, se desequilibrado ou até tropeçado no encosto da poltrona e caído no chão Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo
Monique Medeiros, mãe do menino Hnery cumpre prisão preventiva e será indiciada por tortura e homicídio duplamente qualificado Foto: Guito Moreto / Agência O Globo
Monique Medeiros, mãe do menino Hnery cumpre prisão preventiva e será indiciada por tortura e homicídio duplamente qualificado Foto: Guito Moreto / Agência O Globo
Dr. Jairinho foi preso preventivamente e será indiciado por tortura e homicídio duplamente qualificado Foto: Guito Moreto / Agência O Globo
Dr. Jairinho e Monique foram encontrados na casa de uma assessora do vereador Foto: Guito Moreto / Agência O Globo
De acordo com as investigações, Jairinho dava bandas, chutes e pancadas na cabeça do menino, que morreu no último dia 8 de março Foto: Guito Moreto / Agência O Globo
Pressionada, a professora afirma na carta ter começado a sofrer crises de ansiedade e picos de pressão, tendo sido medicada com ansiolíticos pelo vereador. Ela diz que, no começo de dezembro, estava dormindo na casa dos pais com Henry quando Jairinho invadiu o imóvel, durante a madrugada, e lhe enforcou. O vereador teria jogado o celular em cima dela, xingando-a e ofendendo-a por ter trocado mensagens com o ex-marido. Na conversa, ela o chamava de “Le” e era chamada de “Nique”. A professora relatou que o namorado estava “transtornado” e “desfigurado com raiva”. No dia seguinte, teria pedido desculpas, dito que a amava e que seus ciúmes se davam pelo fato de ela ser muito bonita.
Trecho de carta escrita por Monique Medeiros Foto: Reprodução
Em janeiro, o casal se mudou com Henry para o Majestic. Em um dos fins de semana em que Leniel foi devolver o filho à mãe, o engenheiro pediu para conversar com Jairinho sobre os abraços apertados que eram alvos de reclamações do menino. Monique diz ter acompanhado o o diálogo e passado a “observar, notando que o filho e o namorado se afastaram a partir de então. Em outro momento, quando ela cozinhava o jantar, o menino correu até ela dizendo que “o tio” tinha lhe dado uma banda. O vereador respondeu ser uma “brincadeira” e Monique diz não ter visto nada de “maldoso”.
Trecho de carta escrita por Monique Medeiros Foto: Reprodução
A professora relata que os dois começaram a solicitar mais sua atenção e ela passou a se desdobrar para atender “seus dois filhos (Henry e Jairinho)”. Como o vereador tomava remédios fortes para dormir, ele teria começado a dar os comprimidos a ela também e a colocar “um pozinho” em suas taças de vinho.
Trecho de carta escrita por Monique Medeiros Foto: Reprodução
Em uma das ocasiões, ao perguntar o motivo disso, ele teria a humilhado, dizendo que ela queria ficar acordada para “falar com homens” no Instagram. Ao tentar ir embora de casa, chorando, ela teria sido empurrada na cama. Depois, Jairinho teria dado “uma joelhada” na parede e dito que ela o machucou.
Trecho de carta escrita por Monique Medeiros Foto: Reprodução
No dia seguinte, novamente ele pediu desculpas e disse que a amava. Na tarde de 12 de fevereiro, Monique diz ter ido ao salão, pois viajaria no dia seguinte, que era o início do feriado de carnaval. Jairinho teria chegado mais cedo e a babá passou então a narrar em tempo real que o menino fora levado ao quarto do vereador e depois lhe telefonou de chamada de vídeo com Henry contando que eles haviam brigado. A professora contou ter saído no shopping e discutido com o namorado, que insistiu em dizer que ela estava alterada e nada tinha acontecido.
Laudo do Instituto Médico- Legal (IML) constatou muitas lesões espalhadas pelo corpo do menino, infiltrações hemorrágicas nas partes frontal, lateral e posterior da cabeça, contusões no rim, no pulmão e no fígado. A mãe afirmou acreditar que ele tenha caído da cama e batido a cabeça Foto: Reprodução / Instagram
Coletiva sobre a conclusão do inquérito sobre a morte do menino Henry Borel. Da esquerda para a direita estão:
Marcos Kac (promotor do caso), o delegado Antenor Lopes (diretor da DGPC), Henrique Damasceno (delegado titular da 16ª DP), Denise Rivera (perita criminal) e Ana Paula Medeiros (delegada-adjunta da16ª DP) Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo
O delegado titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), Henrique Damasceno, deu uma entrevista coletiva sobre a conclusão do inquérito que apurou a morte de Henry. "A única pessoa calada foi o Henry. Ele pediu ajuda e não foi ajudado", disse o investigador Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo
Monique Medeiros, mãe do menino Henry, exibe a tatuagem feita para esconder uma homenagem ao ex-marido nas redes sociais. O desenho foi feito no dia em que Monique pediu que Jairinho "pagasse suas coisas" para não prejudicá-lo Foto: Reprodução
Os avós de Henry com o menino ainda bebê. 'Me sinto muito culpada', disse mãe do menino ao pai uma semana após morte. Conversa com o avô da criança faz parte do conteúdo recuperado pela polícia no celular de Monique: 'Tudo foram escolhas minhas', disse ela em outro trecho Foto: Reprodução
Henry em sua última festa de aniversário: pai compartilhou foto nas redes sociais no dia em que o menino faria 5 anos Foto: Arquivo pessoal
Monique revela 'humilhações e agressões' em carta sobre a relação com Jairinho. Carta foi escrita na última sexta-feira (23), no Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho, no Complexo Penitenciário de Gericinó, onde recebe tratamento contra a Covid-19. A professora descreve uma rotina de violências, humilhações e crises de ciúmes do namorado, o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido) Foto: Reprodução
Dr. Jairinho e Monique Medeiros, em fotos feitas no ingresso do casal no sistema penitenciário Foto: Reprodução / Agência O Globo
Vereador Dr. Jairinho, preso, ao lado de diretor de presídio. Na imagem ele come um sanduíche que o diretor entregou para ele Foto: Reprodução
O advogado André Françao, que representava Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, Barreto renunciou à defesa do vereador no caso Foto: Fabio Rossi / Agência O Globo
Doutor Jairinho durante discurso na Câmara de vereadores, onde os sete membros do Conselho de Ética da Câmara dos Vereadores decidiram, por unanimidade, abrir o processo de cassação do mandato do vereador Foto: Renan Olaz / Agência O Globo
Dr. Jairinho foi preso junto com Monique, mãe do menino Henry, por tentar interferir na investigação do caso. Segundo a polícia, o casal será indiciado por tortura e homicídio duplamente qualificado, além de poder perder o mandato na Câmara dos Vereadores do Rio Foto: Guito Moreto / Agência O Globo
Monique Medeiros, mãe do menino Hnery cumpre prisão preventiva e será indiciada por tortura e homicídio duplamente qualificado Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo
Peritos chegam ao edifício Majestic para fazer a reconstituição da morte do menino Henry Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
Câmera encontrada por policiais da 16ª DP (Barra da Tijuca) no quarto de Henry. Anotação recuperada em celular de Monique Medeiros da Costa e Silva expõe sua vontade de instalação do equipamento dentro de imóvel no Majestic Foto: Reprodução
Edifício Majestic, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, onde o menino Henry vivia com a mãe e o padrasto Foto: Reprodução / TV Globo
Henry no colo da mãe enquanto Dr. Jairinho faz um carinho nele Foto: Reprodução
A mãe de Henry, Monique Medeiros, e o padrasto, o vereador Dr. Jairinho, chegam à 16ª DP (Barra) para ser ouvidos como testemunhas Foto: Reprodução / TV Globo / Agência O Globo
Polícia cumpre mandado na casa da família de Monique, em Bangu, Zona Oeste do Rio Foto: Fabiano Rocha em 26/03/2021 / Agência O Globo
Leniel Borel de Almeida em entrevista ao Fantástico: 'Acordo de manhã chorando. Tem que ter muita força, cara. E o que eu sei é que esse menino não pode ter morrido em vão' Foto: Reprodução / TV Globo
Dr. Jairinho na Câmara dos Vereadores do Rio. Ele era padrasto de Henry Foto: Gabriel Monteiro / Agência O Globo - 23/05/2019
Henry Borel Medeiros tinha 4 anos quando morreu na madrugada do dia 8 de março em condomínio na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, onde morava com a mãe e o padrasto. A causa da morte, segundo laudo do IML, foi "hemorragia interna causada pelo rompimento do fígado" Foto: Reprodução / Instagram
O pai de Henry, o engenheiro Leniel Borel de Almeida, que é separado da mãe do menino, tem publicado fotos e mensagens para o menino. Ela diz ainda esperar respostas Foto: Reprodução / Instagram
Em trocas de mensagens entre o pai e a mãe, Monique Medeiros, foi revelado que Henry não gostava de voltar para a casa, onde vivia com Monique Medeiros e o padrastro, o vereador Dr. Jairinho Foto: Reprodução / Instagram
Monique com o filho Henry Foto: Reprodução TV Globo
Trecho de carta escrita por Monique Medeiros Foto: Reprodução
Ela então diz ter levado o filho para a casa dos pais e relatado a eles, que ficaram preocupados. Na carta, no entanto, ela diz que o menino não apresentava hematomas no corpo — o que não dava “certeza” sobre as agressões. Sobre o depoimento na delegacia, Monique diz ter sido orientada a mentir sobre a morte do filho. Ela escreveu que, por volta de 1h30m de 8 de março, Jairinho lhe deu dois remédios e ela logo adormeceu. Horas depois, ele a acordou dizendo que ouviu um barulho e, ao chegar no quarto, Henry havia caído da cama. Ela diz ter acredito que a criança estava desmaiada.
Trecho de carta escrita por Monique Medeiros Foto: Reprodução
“Na emergência do hospital, foram os minutos, segundos e horas mais desesperadoras que eu já pude vivenciar na vida. Eu orava, ajoelhava, implorava”, finalizou Monique sobre o momento em que esteve no Barra D’Or, para onde ela e Jairinho socorreram Henry. De acordo com os depoimentos prestados por médicas na unidade hospitalar, o menino já chegou morto ao local.
Trecho de carta escrita por Monique Medeiros Foto: Reprodução