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Por Madson Gama — Rio de Janeiro

Se você é fã de esporte ou de algum artista, já deve ter desejado se conectar com seu ídolo. Seja pessoalmente ou por meio de um item que remeta a ele, como uma camisa assinada, feitos que podem não ser tão simples de realizar. Empresa com sede na Barra da Tijuca, a Play for a Cause promete facilitar esse caminho. E com um objetivo principal: a transformação social. Em parceria com clubes de futebol, atletas, marcas e competições, a companhia disponibiliza em seu site itens autografados e que já foram usados por personalidades do esporte, além de oferecer experiências exclusivas ligadas ao universo esportivo e do entretenimento. As vendas são feitas em formato de leilão e a preços fixos. A maior parte dos valores arrecadados (70%) é doada a instituições sociais. O restante fica com a plataforma.

— Enxergamos oportunidade de aproximar fãs dos seus ídolos e gerar impacto social com isso. Nosso carro-chefe é o futebol: já recebemos camisas usadas no Campeonato Brasileiro e réplicas de troféus da Copa do Brasil cedidos pelo Atlético Mineiro, por exemplo. Mas já ampliamos o negócio para outras áreas do esporte, como o automobilismo. Temos uma parceria com a organização da Stock Car, para conseguir itens usados durante uma corrida, como luva e macacão, que muitas vezes não teriam um destino definido após serem utilizados. Já conseguimos para-choque de carro batido, que foi autografado e vendido no site. Em outra frente, já oferecemos a experiência de assistir a uma corrida de dentro do box do piloto, ouvindo tudo o que ele conversa com a equipe — conta André Georges, fundador e CEO da plataforma.

O projeto ganhou forma em 2019, como Football for a Cause. Em 2020, após estimular uma corrente solidária em diferentes áreas em prol de famílias em dificuldade devido à pandemia, foi rebatizado com o nome atual.

— Sou engenheiro naval e, em 2016, ganhei uma bolsa para concluir minha faculdade na França. Foi nesse período que a ideia surgiu. Eu estava numa viagem à Espanha e fui assistir a um jogo do Barcelona, onde observei que o jogador Andrés Iniesta, após beber água, jogou a garrafa na lateral do campo. Ao final da partida, vi vários torcedores oferecendo de 50 a 100 euros para os seguranças recuperarem o objeto para eles. Pensei: “Cara, essa quantia toda por uma garrafa de plástico, só porque ela foi tocada pelo atleta... Quanto, então, esses torcedores estariam dispostos a pagar por uma camisa, uma chuteira ou um short? Por que não oferecer esses materiais e gerar recurso para quem mais precisa?”. Fizemos um primeiro teste lá fora, deu certo e voltamos para implementar o negócio no Brasil. Afinal de contas, somos o país do futebol e da desigualdade social — detalha Georges.

Fundador da Play for a Cause, André Georges assistia a um jogo do Barcelona quando teve a inspiração para o negócio — Foto: Divulgação
Fundador da Play for a Cause, André Georges assistia a um jogo do Barcelona quando teve a inspiração para o negócio — Foto: Divulgação

Ele diz que cerca de R$ 2 milhões já foram investidos nas instituições apoiadas:

— É um projeto em que todos saem ganhando. Somos uma empresa normal, que visa ao crescimento. Conseguimos criar um negócio em que nosso parceiro ganha visibilidade ao se tornar protagonista da transformação da realidade de várias pessoas, que ficam satisfeitas por estarem sendo ajudadas. São mais de 20 mil impactados. Somos a prova de que uma empresa pode ser sustentável financeiramente e fazer o bem para a sociedade ao mesmo tempo.

A rede beneficiada pela plataforma reúne 86 ONGs, em 18 estados. Uma delas é o Projeto Noiz, que promove a inclusão social através da arte, da educação e do esporte na Cidade de Deus. São oferecidas atividades como teatro, ioga, boxe, pré-vestibular, alfabetização, balé, dança contemporânea e curso de informática básica.

— Foram três campanhas até agora: um leilão de camisas do Fluminense, outro de itens do Vasco e uma parceria deles com a Centauro, que nos doou 150 pares de calçados — explica André Melo, presidente do Noiz. — A verba já repassada possibilitou a troca do telhado do espaço multiúso, a obra dos banheiros, a pintura de uma sala e a compra de equipamentos como mesas e datashow.

Outra instituição apoiada é a Dona Meca, na Taquara, de habilitação e reabilitação de crianças e adolescentes com deficiência, com atividades como fisioterapia motora e respiratória, terapia ocupacional, hidroterapia, fonoaudiologia, psicologia e psicopedagogia. Cerca de 200 crianças são atendidas atualmente.

Instituições sociais e interessados em estabelecer parceria devem entrar em contato pelo e-mail [email protected].

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