Metrô: moradores da Freguesia fazem abaixo-assinado por linha que iria até a Baixada Fluminense

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Moradores da Freguesia já reivindicam a chegada do metrô a Jacarepaguá desde antes da concepção do novo traçado. Coordenador do grupo de trabalho da Amaf, Lélio de Araújo diz que espera obter 150 mil assinaturas para levar o pleito da nova rota ao governador Cláudio Castro.

— Sou morador da Freguesia há 40 anos e, durante toda a minha vida na área, convivo com dificuldades de transporte. Para sair do bairro, sempre dependemos de ônibus lotados. Como estamos no pé da serra Grajaú-Jacarepaguá, os coletivos quando chegam aqui para pegar a via já não comportam mais ninguém, porque vêm pegando passageiros em vários outros bairros. Desde sempre, não temos investimentos em transporte público. A região só cresce em termos populacionais, num movimento incentivado pelo poder público, e o problema continua o mesmo. Então, pensamos que essa linha de metrô seria benéfica não apenas para o nosso bairro, mas para todas as comunidades do entorno e das outras regiões por onde circulará — diz Araújo. — Como a revisão do PDM deve ocorrer em 2027, este é o momento ideal para convocarmos a população e mantê-la mobilizada até lá.

Em setembro passado, a associação enviou um ofício para a Companhia de Transportes Sobre Trilhos do Estado do Rio de Janeiro (Riotrilhos), empresa ligada à Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade Urbana e responsável pelo PDM, com a reivindicação. Entre os argumentos, a entidade diz que a estação Jardim Oceânico do metrô não é bem integrada a Jacarepaguá, que a linha conectaria Freguesia a vias de grande circulação, como a Linha Amarela, e que as demais áreas contempladas no percurso, como a Baixada Fluminense, tiveram grande expansão populacional nos últimos anos sem igual crescimento na oferta de transporte público de qualidade.

Na ocasião, Rafael Machado Quaresma, diretor-presidente da Riotrilhos, considerou pertinente a linha proposta pela Amaf e sugeriu que a inclusão da Linha Transversal seria analisada pela empresa na atualização do atual PDM. Concluído em 2017, o planejamento tem dez anos de validade. Ao GLOBO-Barra, a Riotrilhos confirmou a resposta, dizendo ser “plenamente possível que este pleito seja incluído nas discussões, observando todos os aspectos técnicos necessários, a projeção de demanda e o potencial de crescimento”.