O dia a dia de Tiago, um jovem autista de 17 anos, portador também de TDAH, é tema do curta-metragem “O menino da cabeça de abóbora”, produzido por alunos da Christian School, no Recreio, escola conhecida por oferecer um sistema de avaliação diferente do tradicional, que acredita ser mais adequado para crianças e adolescentes com alguma dificuldade de cognição ou comportamental. O filme terá uma première no colégio na quarta-feira, às 10h, aberta ao público. Após a exibição, haverá uma palestra sobre o autismo e o TDAH, iniciando uma campanha de esclarecimento.
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Até 13 de julho, a escola oferecerá às famílias ainda a possibilidade de realizar uma consulta com seus psicólogos, entre as 9h e as 14h, para diagnosticar ou afastar a hipótese de sua criança estar no espectro autista. Os atendimentos deverão ser agendados a partir de quarta pelo telefone (21) 99555-7646.
— A identificação precoce do autismo é crucial para que a criança receba o suporte necessário para seu desenvolvimento. O diagnóstico preciso permite que estratégias de intervenção sejam adotadas, melhorando a qualidade de vida da criança e da família — diz Ester Gabriele Antunes, psicóloga da escola. — O conhecimento sobre o autismo permite que os pais se tornem defensores informados para seus filhos, buscando os melhores recursos e suportes disponíveis. Além disso, o diagnóstico pode trazer um alívio emocional, pois fornece respostas para os desafios que a família esteja enfrentando e abre caminho para estratégias de intervenção eficazes.
A Christian School fica na Avenida Genaro de Carvalho, 1.500. CEO da escola e pai de três filhos, o advogado e empresário Gabriel Frozi decidiu fundar a instituição devido à dificuldade de encontrar um colégio onde sua filha, diagnosticada com TDAH, se sentisse acolhida e feliz. Desde então busca formas de disseminar conhecimento sobre as crianças atípicas.
— Com este curta, estamos dando um passo inicial, mas nossa ambição vai além. Queremos levar conhecimento e conscientização não só para nossos alunos, mas também para a comunidade. Nosso objetivo é alcançar novos canais e caminhos para que o curta-metragem possa chegar, quem sabe, a uma plataforma de streaming. Assim, além de promover o diagnóstico precoce, esperamos incentivar as pessoas a conhecerem mais sobre as crianças atípicas, a combaterem o preconceito e a valorizarem a importância da comunidade, da escola e da família no suporte a elas — destaca.