Rio Bairros

Moradores pedem a volta do trajeto da Linha Paula Mattos, do bonde de Santa Teresa

Coletivo das Neves organiza manifestação pelas ruas do bairro neste domingo
Bondinho de Santa Teresa funcionando precariamente. Foto Marcos Ramos / Agencia O Globo Foto: Marcos Ramos / Agência O Globo
Bondinho de Santa Teresa funcionando precariamente. Foto Marcos Ramos / Agencia O Globo Foto: Marcos Ramos / Agência O Globo

RIO —  No dia 27 de agosto de 2011, um acidente trágico marcaria para sempre a memória dos moradores de Santa Teresa. Seis pessoas morreram e mais 50 ficaram feridas devdo ao descarrilamento e tombamento de um bonde, em uma curva acentuada, na altura do Largo do Curvelo. A causa constatada pela perícia, na época, foi uma falha no sistema de frenagem. Conforme informou Ancelmo Gois, em sua coluna no GLOBO , moradores e comerciantes locais organizam para o próximo domingo, uma manifestação entre o Largo do Guimarães e o Largo das Neves com o objetivo de relembrar o acidente e reinvindicar o trajeto da Linha Paula Mattos. Segundo Paulo Saad, presidente da Associação de Moradores de Santa Teresa (Amast), os ônibus que cobrem o trecho não atendem satisfatoriamente a todos. De acordo com ele, cerca de dez mil moradores estão prejudicados com a falta da Linha Paula Mattos.

LEIA MAIS: Acidente com bonde em Santa Teresa deixa mortos e feridos

Fotogaleria: Começam as obras para receber o bonde de Santa Teresa

Bonde: começam os testes para integrar a Lapa a Santa Teresa

— É claro que afeta o comércio local e o turismo, mas o que importa mesmo são as pessoas, os moradores e trabalhadores, que estão culturalmente ligadas ao bonde como sua forma de transporte. Os moradores não querem ônibus, querem o bonde — afirma Paulo Saad, presidente da Associação de Moradores de Santa Teresa (Amast).

Desde o acidente, os moradores ficaram sem o bonde, que só voltou a operar em alguns trechos em 2015, quando começaram os testes para para integrar a Lapa a Santa Teresa. O trecho, de aproximadamente 500 metros, estava fora de operação desde a década de 1960, após uma série de alagamentos na região. Três anos depois, no início de julho passado, a prefeitua anunciou a retomada das obras de expansão do bonde entre a Praça Odylo Costa Neto, no Largo dos Guimarães, e o Largo do França , com previsão de conclusão em novembro .

Segundo Saad, são sete anos do acidente são sete anos sem o serviço do bonde em sua totallidade.

— Queremos o bonde de volta ao Largo das Neves. Que se coloque em funcionamento o que nós já temos. Não precisa trocar trilhos. Na nossa percepção, um conserto resolveria — diz.

A manifestação está prevista para começar às 17h, num cortejo que se estenderá do Largo dos Guimarães ao Largo das Neves. Por volta das 18h30min, o Coletivo das Neves, junto com a Amast, promoverá uma atividade cultural e de esclarecimento aos participantes.

*Estagiária, sob supervisão de Ana Beatriz Marin

SIGA O GLOBO-BAIRROS NO TWITTER ( OGlobo_Bairros )