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Bia Bedran está para Niterói, assim como Niterói está para Bia Bedran. Quem nunca ouviu falar na cantora e escritora de 67 anos nascida e criada na cidade e que se tornou conhecida país afora corre o risco de não ser considerado um niteroiense raiz. A artista sempre fez questão de enaltecer o lugar onde mora até hoje e onde celebrará, em 2023, seus 50 anos de carreira, com o lançamento de um novo álbum digital e mais três livros.
Mestre em Estudos Contemporâneos das Artes pela UFF, entre outras especializações, e referência em música infantil brasileira, Bia lançou, na última sexta-feira, o álbum “Invenções”, seu primeiro trabalho divulgado diretamente nas plataformas digitais, com canções, claro, para as crianças. A produção musical do novo trabalho é de Ricardo Medeiros, que também é responsável pelos arranjos, junto com Sidney Mattos. O cantor Lenine faz uma participação especial.
As 12 músicas reunidas em “Invenções” pretendem estimular a criatividade das crianças, explica ela. Entre as canções, Bia destaca“Tudo é invenção”, a faixa inicial do álbum; o “Rap do egoísta”, que traz críticas sociais e políticas; e ainda “Ciranda do Canindé” e “O galo aloprado”.
Com mais de 20 livros publicados, a artista, que ganhou o prêmio Jabuti de 2016 com “O mundo dos livros”, prepara ainda o lançamento de outras três obras, sobre os quais não dá muitos detalhes por estar na fase de fechamento de contrato com as editoras. Outro projeto, já para o mês de maio, é uma parceria com a rede municipal de ensino de Niterói, que resultará na ida de pequenos estudantes ao Teatro Nelson Pereira dos Santos para assistirem a uma apresentação que fará especialmente para eles.
— Fazer 50 anos de carreira é muito prazeroso. Me dá um sentimento de longevidade no trabalho que eu fiz e faço por todo o país — diz Bia, que deve grande parte de sua projeção nacional ao programa “Canta conto”, que comandou entre 1987 e 1993 na extinta TVE Brasil , cantando e interpretando histórias destinadas ao público infantil.
A prefeitura de Niterói também prepara uma homenagem a Bia, conforme antecipou Ana Cláudia Guimarães, da coluna "Fome de quê?", do GLOBO-Niterói.
— Niterói é o lugar onde eu caminho e tenho minhas ideias. Adoro a cidade e luto por ela! É o meu celeiro — derrama-se a artista.
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