Apesar do anúncio do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) de que aceita a proposta do governo federal e encerrará a greve, com o retorno dos professores ao trabalho previsto para 3 de julho, a situação na Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, ainda não está resolvida. Alunos que fazem parte do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da instituição ocupam o prédio da reitoria desde o último dia 18, com reivindicações que vão desde a instalação de bandejões nos campi do interior a cota para pessoas trans.
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Na semana passada, uma audiência pública para discutir o orçamento da universidade terminou com acusações de agressões físicas entre estudantes e seguranças. Apesar de ter sido convocada pela reitoria da instituição, a reunião não contou com a participação do reitor Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, o que gerou descontentamento de membros do movimento grevista e o início da ocupação da reitoria.
Após a confusão, o Fórum dos Reitores das Instituições Públicas de Ensino do Estado do Rio de Janeiro (Friperj) publicaram uma carta de apoio ao reitor da UFF.
“É fundamental que todas as tendências e grupos em luta confluam para o que mais importa: a conquista de melhores condições de infraestrutura, ensino e pesquisa em nossas instituições”, afirma um trecho da carta.
Ao anunciar o fim da greve, a Andes, em nota, afirmou que, em relação à pauta salarial, “a reivindicação de reajuste em 2024 não foi atendida, assim como a defesa do reajuste linear conforme os índices da contraproposta protocolada em 27 de maio. Mesmo assim, apesar de todas as contradições, se coloca como um avanço resultante da luta grevista”.
Apesar da orientação, a Associação dos Docentes da Universidade Federal Fluminense (Aduff) afirma que os caminhos para saída da greve e retomada das atividades serão definidas em assembleia convocada para esta quinta-feira, dia 27.
Falta resolver também a situação dos técnicos administrativos. A categoria alega que não recebeu do governo a minuta da proposta para análise, mas a inclinação é aceitar as condições, quando o documento chegar, e também voltar ao trabalho no início de julho.
Preparando-se para a volta às aulas, a UFF, por sua vez, informa que fará uma análise das propostas para revisão do calendário escolar e acadêmico durante uma reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPEx) marcada para esta quarta-feira (26).
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