Feira vegana Veg Borá faz primeira edição em Niterói

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No Rio, a feira é realizada uma vez por mês, sempre em um bairro diferente, com um público médio de duas mil pessoas. Nesta primeira edição em Niterói, a organizadora da Veg Borá, Ysis Neves, tem a expectativa de receber cerca de mil visitantes. De acordo com ela, realizar a feira na cidade era um sonho antigo.

— Comemoramos oito anos em julho, e estamos tentando ir para Niterói desde o começo, mas não conseguíamos espaço. Temos um público grande na cidade, que sempre visita as feiras no Rio — explica.

Mesmo tradicionalmente sendo realizada no Rio de Janeiro, a Veg Borá trabalha há anos com expositores locais, de Saquarema, Itaboraí, Maricá e São Gonçalo. É o caso de Ana Serrana, dona da Queijana, de Niterói. Desde 2020, ela produz queijos veganos feitos com castanhas de caju fermentadas e curadas.

— Participo como expositora da Veg Borá há bastante tempo. Este ano fui a várias edições. Eu fiquei superanimada por a feira vir para Niterói, porque aqui na cidade não temos mais um grande evento vegano— destaca.

Ysis explica que a feira é voltada para os pequenos produtores, para que possam divulgar suas marcas e produtos.

— A feira tem o objetivo de juntar os pequenos produtores que não têm estabelecimento, que fazem a produção em casa mesmo. Eles levam seus produtos para o evento como se fosse o dia de estar na loja. É um lugar para divulgarem a marca, conseguirem mais clientes e encomendas — ressalta.

De acordo com ela, esta edição está dando preferência a expositores de Niterói e arredores.

Vegano e morador de Niterói, o professor Wes Bonfante considera a feira uma ótima opção para quem não conhece a gastronomia vegana:

— São alternativas que nos permitem repensar os hábitos em busca de um mundo menos cruel, mais sustentável.

A dona do Queijana explica que a feira atrai um público que convive com restrições alimentares.

— Os produtos são destinados não apenas ao público vegano, mas também às pessoas com intolerância à lactose, mães que estão amamentando e que têm problemas com o bebê, que não podem consumir alguma proteína do leite, por exemplo — diz.