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Por — Niterói

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GERADO EM: 25/08/2024 - 09:49

MC Maneirinho busca parceria com Travis Scott no Rock in Rio e destaca o papel do trap na cultura.

MC Maneirinho, ícone do funk e trap, estreia no Rock in Rio com sonho de cantar com Travis Scott. O rapper niteroiense, apoiado por Vini Jr., busca realizar essa parceria inédita. Além de representar sua comunidade, ele enfrenta preconceitos e promove a cultura favelada. O artista prepara lançamento de novo álbum e destaca a importância do trap na sociedade atual.

Um dos grandes nomes da cena funk e trap do Rio de Janeiro e do país, MC Maneirinho fará sua primeira apresentação no Rock in Rio, dia 13 de setembro, data dedicada aos dois gêneros musicais. Escalado para se apresentar no Palco Supernova, o artista niteroiense, cria do Morro do Serrão, no Cubango, celebra a oportunidade e não quer parar por aí. Fã de Travis Scott, atração principal do Palco Mundo, ele tem um remix de uma das músicas do rapper americano e sonha em ser convidado para uma participação no show do ídolo.

Se depender do craque Vini Jr., o desejo tem tudo para se tornar realidade. O jogador de futebol do Real Madrid, que é de São Gonçalo e amigo de Maneirinho de longa data, levou o MC para um show de Travis Scott neste mês, na Espanha, e o deixou frente a frente com o ídolo.

— Foi um momento muito especial. Estar com meu amigo Vini, que é um dos melhores jogadores do mundo e, assim como eu, é cria de São Gonçalo e Niterói, realizando um sonho de estar perto do Travis, é uma felicidade que não tem preço. Tenho um remix de uma música dele, e estamos na esperança de, quem sabe, receber um convite para cantar esse remix no Palco Mundo. Fizemos amizade graças ao networking que o Vinícius alcança, e eu sou um cara otimista pra caramba. Na minha cabeça, já aconteceu. Já tivemos grandes artistas que vieram ao Brasil e convidaram a galera do funk, como a Beyoncé. Seria um um marco na minha carreira — profetiza.

Antes de virar o MC Maneirinho, dono de vários hits, Diogo Rafael Siqueira, hoje com 29 anos, começou no funk tocando como DJ, aos 15, nos bailes do Serrão.

— Tive a referência do funk desde pequeno, porque o baile acontecia na frente da minha casa. Quando comecei a despertar o lado de trabalhar com música, fazer músicas para a comunidade, não tinha computador, não tinha nada, ia na lan house. Aí virei DJ do baile, e no meu aniversário de 16 anos houve um episódio muito triste. A polícia invadiu e quebrou meus equipamentos. Estava prestes a desistir e recebi um convite do Bonde das Maravilhas. As meninas também são de Niterói e, sabendo que eu estava triste, me chamaram para tocar com elas. Aí conheci o mundo fora da favela, ganhei um computador de um fã e deslanchei. Aos 18, virei MC. Estar no Rock in Rio para mim era uma parada muito distante. Algo que olhava na TV e era até difícil de imaginar. Essa oportunidade vai ser um troféu por não ter desistido — afirma.

Representatividade

O MC fala do preconceito com o funk e com a cultura da favela. Ele também promove o “Racha do Maneirinho”, evento de futebol beneficente realizado em diversas comunidades e que conta com a presença de artistas e atletas.

— Tudo o que eu canto presenciei, é a realidade da favela. Foram fatos que aconteceram com familiares, amigos. O fato de eu cantar na favela até hoje me faz ser acusado de apologia. Se fizer um evento como faço no Dia da Criança, a polícia invade. O Rock in Rio me chamar e dar esse espaço para artistas do funk e da favela mostra que não estou sozinho nessa luta. Por mais que haja várias pedras no caminho, continuo sendo resistência. Não posso abandonar o lugar de onde vim. No festival, vou levar dois artistas crias do Serrão para cantar comigo — adianta Maneirinho, que carrega o símbolo 45, uma alusão ao ônibus que passa na entrada da comunidade, no Cubango, tatuado no corpo e em pingentes.

Hoje, o artista, que coleciona músicas com milhões de execuções em plataformas digitais, faz parte da gravadora Nadamal, do rapper Filipe Ret, com quem tem diversos feats. Ele vai lançar o álbum “Filho do vento”, com 12 faixas, no início do mês, antes do show no Rock in Rio, e comenta como o trap acaba sendo mais aceito pela sociedade do que o funk:

— Costumo dizer que o funk e o trap andam de mãos dadas. O trap é o novo proibidão, mas não sofre o preconceito que tem em cima do funk. O trap tem mais elementos musicais, mas, se forem reparar, é a mesma mensagem. Às vezes consciente, fala da realidade do crime. É um retrato de onde saiu, das periferias dos EUA, e no Rio não é diferente. Tenho certeza, sem ser soberbo, de que meu show é um dos melhores da cena. E vou aproveitar essa oportunidade para entregar o melhor de mim, com muito funk e trap, representando minha comunidade, o Serrão.

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