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Por — Rio de Janeiro

O crescente número de ocorrências de assaltos a ônibus nas proximidades do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into), situado no bairro do Caju, no Centro do Rio de Janeiro, fez o Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac) emitir um comunicado pedindo mais policiamento na região. De acordo com a entidade, somente uma das empresas que operam linhas intermunicipais teve 15 ônibus assaltados naquela área entre janeiro e fevereiro deste ano, contra seis no mesmo período de 2023. Dados do Instituto de Segurança Pública mostram que o índice de crimes deste tipo na região de São Cristóvão, que engloba o Caju, subiu 152% em janeiro deste ano: foram 43 registros, ante 17 do mesmo mês de 2023.

De acordo com o Sintronac, os criminosos, armados, aproveitam o trecho, mais movimentado, para praticar os assaltos, sempre agindo com truculência, ameaçando e agredindo passageiros e motoristas. Foi nesta área que, em 7 de março, Cláudio Pedro da Silva, de 45 anos, foi morto após reagir a um assalto num ônibus da linha 2425-D (Alcântara x Campo Grande).

O horário preferido dos bandidos, ainda segundo a entidade, é por volta das 5h da manhã, quando há grande movimento de trabalhadores. E, pelo que mostram as imagens das câmeras de segurança dos coletivos, pelo menos alguns dos assaltos são cometidos pelo mesmo grupo. De acordo com um levantamento da Federação das Empresas (Semove) encaminhadas à Secretaria de Segurança, o bandido que matou Cláudio Pedro da Silva parece participar de assaltos na região pelo menos desde janeiro.

A ação dos criminosos ocorre principalmente em horários de grande fluxo de trabalhadores, segundo o Sintronac — Foto: Divulgação/Sintronac
A ação dos criminosos ocorre principalmente em horários de grande fluxo de trabalhadores, segundo o Sintronac — Foto: Divulgação/Sintronac

No comunicado enviado a Secretaria de Segurança do Estado, Polícia Militar e Prefeitura do Rio, o Sintronac solicita reforço policial significativo no local.

Rubens dos Santos Oliveira, presidente do Sintronac, ressalta, que, além da intensificação do policiamento, é preciso que haja uma investigação para apurar a suspeita em torno dos indícios de que os crimes são coordenados. Ele também destaca a importância da colaboração entre as polícias e a Guarda Municipal.

- Um dos desejos do Sintronac é que houvesse uma base operacional da PM no viaduto atrás do Into, cobrindo toda aquela área, inclusive os terminais (Rodoviária Novo Rio e Terminal Gentileza) - diz.

Pelas imagens analisadas pelo sindicato, um mesmo grupo costuma cometer crimes no local — Foto: Divulgação/Sintronac
Pelas imagens analisadas pelo sindicato, um mesmo grupo costuma cometer crimes no local — Foto: Divulgação/Sintronac

Na semana passada, um homem acabou preso na Rodoviária Novo Rio após sequestrar um ônibus e fazer os passageiros reféns durante três horas.

Atualmente, o Sintronac tem 500 rodoviários afastados do trabalho e em tratamento devido a problemas físicos e psicológicos decorrentes da violência urbana.

- O impacto disso nas famílias dos rodoviários é devastador, pois a maioria deles dificilmente poderá retornar ao mercado de trabalho - diz Rubens.

O que diz a Polícia

A Polícia Militar diz que todos os batalhões empregam o Policiamento Transportado em Ônibus Urbano (PTOU), uma modalidade que visa a abordagem e revista específicas nos coletivos. Na região do Into, patrulhado pelo 4º BPM (São Cristóvão) e pelo Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE), essas ações ocorrem rotineiramente.

A PM diz ainda que, de acordo com o ISP, no comparativo entre os anos de 2023 e 2022, houve queda de 28% nos roubos a coletivos na área do 4º BPM, mas não comenta o aumento recente.

A corporação informa ainda que outras unidades especializadas, como a das Rondas Especiais e Controle de Multidões (Recom), também realizam esse trabalho de abordagem em ônibus, principalmente em corredores de maior fluxo, como a Avenida Brasil e a Linha Amarela. E lembra que crimes podem ser denunciados pela central ou pelo aplicativo 190 ou pelo telefone do Disque-Denúncia, no número (21) 2253-1177.

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