Rio Bairros

Observatório de Favela oferece formação profissional em artes em parceria com Parque Lage

Curso começa no dia 17, no Galpão Bela Maré, na Favela Nova Holanda
Dani Francisco, coordenadora do Galpão Bela Maré (à esquerda); Erika Lemos Pereira, educadora do galpão; Marisa Mello, da Automática Produtora; Isabela Souza, diretora do Observatório de Favelas; Michele Barros, educadora do galpão; e Luiza Mello, diretora da Automática Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo
Dani Francisco, coordenadora do Galpão Bela Maré (à esquerda); Erika Lemos Pereira, educadora do galpão; Marisa Mello, da Automática Produtora; Isabela Souza, diretora do Observatório de Favelas; Michele Barros, educadora do galpão; e Luiza Mello, diretora da Automática Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo

RIO — O Observatório de Favelas acaba de lançar, em parceria com a Produtora Automática e a Escola de Artes Visuais do Parque Lage , a primeira turma da Escola Livre de Artes da Maré - Elã, cujas atividades acontecerão no Galpão Bela Maré , na Nova Holanda .

A primeira turma do projeto será ministrada a partir do dia 17 e funcionará como um experimento, na perspectiva artístico-pedagógica, para 25 jovens moradores de favelas e periferias. Nos encontros serão debatidos e criados conteúdos relacionados às artes visuais com a presença de profissionais do ramo atuantes no cenário atual. Uma das propostas é reunir artistas “fazedores” de diversos tipos de arte, capazes de expressar a contemporaneidade no Brasil.

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A seleção dos estudantes foi feita a partir de um edital que selecionou jovens com idade entre 18 e 35 anos. Cada estudante receberá o valor de R$ 1 mil como forma de custear as despesas e material durante as atividades de formação e terá apoio na elaboração de uma proposta artística final.

— É interessante pautar a formação em artes visuais na cidade do Rio feita com e para as periferias. Nós sinalizamos no edital que a nossa chamada tinha uma concepção ampliada do termo arte e artista. Pensamos em fundar uma turma com diversidade de gênero, racial, de sexualidade e de território. A Escola Livre de Artes da Maré trabalha com uma política de maior preenchimento de vagas por mulheres, negros e pessoas trans — destaca Erika Lemos Pereira, educadora do Galpão Bela Maré.

O programa será composto por dez encontros presenciais, realizados até o mês de novembro, e o resultado artístico final será compartilhado com o público durante a exposição “Bela Verão — O nome que a gente dá às coisas”, que será inaugurada em dezembro no Galpão Bela Maré.

— Com a Escola Livre de Artes da Maré estamos dando um passo importante no sentido de marcar a Maré, e, portanto, todas as favelas e periferias, como lugares possíveis para formações de excelência nos campos das artes, e isso é central para pensar a redução de desigualdades. Esperamos que este seja o primeiro passo de uma longa caminhada — completa Isabela Souza, diretora do Observatório de Favelas.

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