Há oito anos promovendo acesso a saúde, bem-estar, capacitação, geração de renda, cultura e cidadania num dos maiores complexos de favelas da cidade, o Instituto Yoga quer ampliar seu impacto na região e reformar o espaço que abrigará a nova sede. Para custear o projeto, está realizando uma campanha de financiamento coletivo. A meta é arrecadar R$ 150 mil até setembro. Interessados em ajudar podem doar a partir de R$ 5 pelo site kickante.com.br, que aceita parcelamento para valores maiores. Ao acessar o site, basta clicar em “Explorar” e buscar por “Yoga na Maré”.
— Em 2019, inauguramos nossa primeira sede, mas é um espaço pequeno; é um apartamento com acesso a uma laje sem cobertura, em que oferecemos atividades e oficinas de forma limitada. Agora, estamos num momento de expansão, já que cada vez mais pessoas estão assistindo às nossas aulas, em busca de um espaço acolhedor diante de questões de saúde mental agravadas pela pandemia e pelo aumento da violência no território — explica a fundadora, Ana Olívia Cardoso.
Com a proposta de ser um centro de referência em saúde preventiva, o novo espaço terá um amplo salão para a prática de ioga, palestras, vivências e cineclubes; salas para atendimento individualizado; uma biblioteca temática; uma cozinha para oficinas de culinária saudável; e uma horta comunitária com ervas medicinais.
Como parte do projeto de crescimento, a iniciativa formou 16 mulheres da Maré como professoras de ioga, e algumas delas passaram a dar aulas no programa, possibilitando a ampliação da equipe e da grade horária.
— A ioga é uma porta para a transformação pessoal e social, que começa dentro do nosso corpo e irradia para o mundo em termos de saúde, de relações interpessoais e de relações com a natureza e o meio ambiente. Porém, enquanto a prática for acessível apenas para um público essencialmente branco e com status social médio e alto, a balança que poderia equilibrar o mundo fica desregulada — pontua Ana.