Os 13 anos da Multifoco Companhia de Teatro serão comemorados na Arena Dicró, na Penha, com apresentações gratuitas de espetáculos encenados pelos artistas da trupe. Nesta quarta-feira (20), às 15h, o público está convidado a conferir “Migraaaantes”. No dia seguinte, no mesmo horário, será a vez de “Fjalla: segunda arte, o vulcão”. A festa do coletivo não para por aí. A agenda da celebração ainda inclui a segunda edição da Circulação Multifoco com as Escolas, que prevê oficinas artísticas e sessões de teatro em instituições de ensino público do Rio.
- Cozinha terapia: Chef abre espaço para aulas e confraternizações intimistas
- Doce iniciativa: Brigaderia arrecada livros para projeto social
Moradora da Tijuca, Bárbara Abi-Rihan, atriz, acrobata da companhia e instrutora das oficinas de circo da Circulação, explica a importância de democratizar o acesso a arte.
— Desde o início da companhia, quando éramos ainda estudantes de uma escola pública de formação de atores, conversávamos sobre o desejo de ampliar o público teatral para além da própria classe artística com quem frequentemente nos encontrávamos nas salas de espetáculo, em cena e na plateia. Durante todo esse tempo, fomos tomando contato com outros projetos, coletivos e modos de fazer teatro e fomos elaborando e aprimorando um modelo que parecesse conversar com esses desejos que carregamos conosco desde a origem do grupo. No ano passado, fizemos o que chamamos de uma espécie de piloto desse projeto que estamos realizando agora. Os encontros com os jovens, seja na escola ou nos equipamentos de cultura, nos alimentam e fortalecem a nossa conexão com o teatro — diz.
Também morador da Tijuca, Ricardo Rocha, diretor artístico da Multifoco Companhia de Teatro e instrutor das oficinas de processo criativo, reforça a importância de despertar o interesse dos mais jovens pelos espetáculos:
— O nosso desejo é que novos públicos se sintam atraídos pelo teatro, que as pessoas na plateia deste projeto sejam, de alguma forma, artesãs da cultura. Assumimos esse compromisso, conosco e com a sociedade, de valorizar a arte nacional. Fazer parte de uma companhia é caminhar com um propósito. Mesmo diante das adversidades, temos um horizonte brilhante que perseguimos. A importância deste projeto é inspirar um modelo de política pública que una educação e cultura.