Um passeio histórico pelo Conjunto de Favelas da Maré. Esta é a proposta da nova galeria do museu virtual Rio Memórias, que, por meio de fotos e documentos, volta no tempo para apresentar aos visitantes as primeiras ocupações do complexo, assim como as lutas e conquistas dos moradores da região em relação a moradia, saúde e educação.
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A exposição, que tem curadoria do historiador Mario Brum, convida o público para uma viagem on-line pelas 16 comunidades da Maré, jogando luz sobre a sua cultura vibrante, seus moradores e as lutas por direitos no território ao longo das décadas.
A evolução da Maré em exposição
![Vista panorâmica do complexo de favelas da Maré, que virou bairro — Foto: Divulgação/Rio Memórias](https://s2-oglobo.glbimg.com/puqLJQ0q6aPIoYJXCjawbVx56hg=/0x0:768x846/430x432/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/n/P/7cn5sdTOq803pHkdJCVw/panoramica.jpg)
![Vista panorâmica do complexo de favelas da Maré, que virou bairro — Foto: Divulgação/Rio Memórias](https://s2-oglobo.glbimg.com/0W_xdQ7VmeBqsijFyHqLrOThAvw=/768x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/n/P/7cn5sdTOq803pHkdJCVw/panoramica.jpg)
Vista panorâmica do complexo de favelas da Maré, que virou bairro — Foto: Divulgação/Rio Memórias
![As mulheres da Maré sempre desempenharam papel fundamental nas ações comunitárias de educação e saúde. Nova Holanda – Marcílio Dias, anos 1980. Fundo Anthony Leeds, Fiocruz](https://s2-oglobo.glbimg.com/TbvFHbFpE2OTg0op-qUztyTzSYE=/0x0:685x1024/216x215/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/b/a/CZNCabQJWtD83hmHAPtQ/nova-holanda-marc-lio-dias-25-685x1024.jpg)
![As mulheres da Maré sempre desempenharam papel fundamental nas ações comunitárias de educação e saúde. Nova Holanda – Marcílio Dias, anos 1980. Fundo Anthony Leeds, Fiocruz](https://s2-oglobo.glbimg.com/V9EX5_J_HqA6gofbKSrhIxmaZnU=/685x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/b/a/CZNCabQJWtD83hmHAPtQ/nova-holanda-marc-lio-dias-25-685x1024.jpg)
As mulheres da Maré sempre desempenharam papel fundamental nas ações comunitárias de educação e saúde. Nova Holanda – Marcílio Dias, anos 1980. Fundo Anthony Leeds, Fiocruz
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![Nova Holanda no ano de 1968 — Foto: Divulgação/Rio Memórias](https://s2-oglobo.glbimg.com/pls2dIDTz7RcIH3p5jqnqUbPEB0=/0x0:687x1024/216x215/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/9/8/pmxteJRim88rZXtIANfw/nova-holanda-18-1-687x1024.jpg)
![Nova Holanda no ano de 1968 — Foto: Divulgação/Rio Memórias](https://s2-oglobo.glbimg.com/qm_TZNEF9lrdMurPe3WzaYENDkg=/687x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/9/8/pmxteJRim88rZXtIANfw/nova-holanda-18-1-687x1024.jpg)
Nova Holanda no ano de 1968 — Foto: Divulgação/Rio Memórias
![Complexo de favelas da Maré em 1961](https://s2-oglobo.glbimg.com/PhzK208G5kuvAfCT9Atg0Q0Rkw4=/1024x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/K/J/mfXevkSrqmQnnUQcWN4w/br-rjanrio-ph-0-fot-00262-d0026de0026-page-0001-1-1024x684.jpg)
Complexo de favelas da Maré em 1961
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![Palafitas na Maré em 1973](https://s2-oglobo.glbimg.com/LFMivuWbrTw5Ia2MFMcTXYWJSHw=/1024x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/d/W/OhqYSfSUq56Bisec9Clg/br-rjanrio-ph-0-fot-03553-008-1024x766.jpg)
Palafitas na Maré em 1973
— A gente busca mostrar com esta exposição que a Maré também faz parte do Rio. Trata-se de um território que os moradores construíram, muitas vezes sem ajuda do estado ou até na contramão dele, assim como eles ajudaram a construir a cidade do Rio. Inclusive, é importante ressaltar que a Maré é um bairro da cidade desde 1994. Esta nova galeria do museu virtual Rio Memórias é focada em dois elementos da Maré: a construção do território e a identidade dos seus moradores — diz Brum, que também é professor da Uerj.
O historiador explica o significado de uma mostra como esta:
— A Maré é um território com muita história. E, ainda que seja apresentada pela questão da criminalidade, é um território que produz muito saber. A pesquisa realizada para esta nova galeria teve a participação de três jovens estudantes da Uerj, que são meus alunos e moram na região, Tainara Amorim, Aristenio Gomes e Daniele Figueiredo, além do jornalista Hélio Euclides, do Maré de Notícias, e da equipe da ONG Redes da Maré. Esses jovens participam de cursos pré-vestibular na região e se mobilizaram na pandemia para a conscientização do uso da máscara e da prevenção da Covid-19 através da vacina. A Maré tem um dos índices de vacinação mais altos do Rio, graças ao esforço desses ativistas e das lideranças comunitárias da região.
Os visitantes da mostra vão constatar que só a partir de 1950, com a Avenida Brasil inaugurada, começam a surgir os primeiros barracos na Maré, nascendo, assim, as favelas. Até então só havia palafitas por lá.