Tem mulher no samba? Tem, sim senhor e sim senhora! Neste sábado (25), a partir das 15h, o Renascença Clube, no Andaraí, é o palco do 6º Encontro Nacional e Internacional das Mulheres na Roda de Samba. O objetivo do movimento é unir as rodas de samba formadas só por mulheres criando uma rede, aumentando as trocas culturais e contribuindo para fortalecer e divulgar a força feminina neste universo.
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Nesta edição, o evento é comandado exclusivamente por mulheres. Elas cantam, tocam instrumentos, fotografam e produzem a festa. A homenageada deste ano é cantora Teresa Cristina. A entrada simbólica custa R$ 1.
Vice-presidente artístico e cultural do Renascença Clube, João Carlos Martins ressalta que a casa de resistência afro no Andaraí sempre foi um espaço de valorização da potência feminina.
— Desde a sua fundação, o Renascença tem o protagonismo feminino como referência no pertencimento e empoderamento da mulher negra na cultura afro-carioca da cidade do Rio, liderando os movimentos de reivindicação, os avanços sociais e inclusivos das mulheres pretas em nossa sociedade. É uma honra para o Renascença sediar pela terceira vez o Encontro Nacional e Internacional de Mulheres na Roda de Samba — diz.
Idealizadora do movimento iniciado em 2017, a cantora Dorina revela que, logo nos primeiros encontros, percebeu que muitas mulheres queriam mas não sabiam tocar instrumentos ou colocar suas vozes para cantar samba.
— A mulher tem que ser vista como uma potência para criar e fazer o que quiser. É com muita alegria que chegamos à sexta edição deste movimento que também promove workshops para capacitar mulheres para o samba. Ao todo, cinco mil mulheres fazem parte deste movimento. Elas descobriram um potencial que estava adormecido — observa a sambista.