Neste Abril Azul, mês de conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), o Sesc RJ e o Senac RJ celebraram a abertura do Centro de Referência em Educação Inclusiva (Crei) na região da Tijuca. O propósito é oferecer formação para educadores e assistência gratuita a crianças e jovens com TEA e também com trissomia do cromossomo 21, a síndrome de Down.
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O espaço está com inscrições abertas para atendimento gratuito, organizado por faixas etárias. As inscrições para crianças de 2 a 6 anos estão abertas desta terça (9) até sábado (13), enquanto para crianças de 7 a 10 anos, o período vai de 16 a 19 de abril. Já para adolescentes de 11 a 14 anos, as inscrições ocorrem de 23 a 26 de abril, e, para aqueles de 15 a 18 anos, de 30 de abril a 4 de maio. Para jovens de 19 a 25 anos, o período é de 7 a 10 de maio, e, para os de 25 a 29 anos, de 14 a 17 de maio.
Maria Antonia Goulart, diretora do Centro de Referência em Educação Inclusiva Sesc Senac, destaca a abordagem integral do Crei para atender crianças e jovens com deficiências. Além disso, ela ressalta que o centro visa a apoiar as famílias dos atendidos, especialmente as mães, para que possam desenvolver seus próprios projetos de vida, além das responsabilidades do cuidado:
— Um dos principais pilares será a inclusão dos atendidos no mercado de trabalho, para o qual toda a estrutura do Sesc RJ e Senac RJ será mobilizada. Entre os diferenciais do Crei está uma sala equipada com tecnologia de última geração para estimulação sensorial em terapias multidisciplinares. Também há uma sala projetada para atividades que visam ao desenvolvimento de habilidades de concentração e autorregulação em um ambiente de baixo estímulo. Outra característica marcante é uma área que simula um apartamento, onde os pacientes podem praticar e desenvolver suas habilidades para a vida diária.
O centro ocupa uma área de 570m² no primeiro andar do Sesc Tijuca e conta com uma equipe transdisciplinar composta por 30 profissionais, incluindo educadores, médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais e nutricionistas. Além do apartamento onde serão trabalhadas habilidades funcionais, dispõe de um espaço de arte, ciência e tecnologia e de salas equipadas para estimulação sensorial, atendimento em grupos reduzidos e consultórios médicos.
Outra vertente prevê programas de formação para profissionais da educação e a produção de materiais pedagógicos acessíveis e dispositivos de tecnologia assistida para promover a inclusão.