Evento gratuito terá oficinas, rodas culturais e cortejo de danças populares pelas ruas da Tijuca

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Haverá a presença de representantes de diferentes expressões culturais brasileiras. Mestres como Arerê, Gato, Messias e Marcus Vinícius da Capoeira Angola representarão a essência da capoeira, enquanto a Companhia Mariocas de Tambor de Crioula e o grupo Jongo do Pinheiral, formado por mulheres negras, mostrarão a beleza e a história por trás do tambor de crioula e do jongo, respectivamente.

As vagas para as oficinas estão com inscrições abertas por meio da Sympla ou pelo Whatsapp 21 99459-4165 e algumas delas serão destinadas a adultos com Sindrome de Down. Ao final de cada dia, os participantes terão a chance de vivenciar uma roda de capoeira, tambor de crioula ou jongo, antes de se juntarem ao cortejo que encerrará a programação com chave de ouro.

Rammon Costta, maranhense radicado no Rio de Janeiro, é o idealizador e fundador, juntamente com seu irmão gêmeo Rômullo, da Companhia Mariocas, cujo nome é uma fusão entre as palavras maranhenses e cariocas. Criada em 2002, com o objetivo de resgatar e promover as brincadeiras e festejos populares, com ênfase nas manifestações culturais do Maranhão, a companhia estará à frente da principal atração do evento de amanhã.

Reconhecida por difundir o cacuriá, o bumba-meu-boi e o tambor de crioula, a Mariocas vai oferecer durante o evento uma oficina focada nesta última expressão popular. Com 40 vagas disponíveis para o público, a aula será seguida por uma roda cultural dedicada a esta dança circular, que envolve canto, percussão de tambores e movimentos ritmados.

— Já participamos de outras edições do evento Mitos e Ritos da Cultura Popular e tivemos experiências incríveis. Esta será a primeira vez que estaremos neste espaço, no Centro da Música Carioca Artur da Távola, na Tijuca. Estaremos acompanhados por um grupo de 15 pessoas, incluindo coreiros, tocadores e dançarinos, todos eles brincantes, que lideram as brincadeiras tradicionais. Apresentaremos o tambor de crioula com músicas, percussão, dança, rimas e outros elementos culturais. Quem participar terá a oportunidade de aprender tudo na oficina e, em seguida, praticar na roda cultural de tambor de crioula que organizaremos — detalha Rammon.

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Ana Carolina Rosa, pesquisadora da cultura popular e co-fundadora do “Mitos e Ritos da Cultura Popular”, ao lado de seu marido, Mestre Marcus Vinícius, conhecido como Mestre Feinho, destaca a importância deste evento como uma jornada de conexão com as raízes da cultura brasileira.

— É um momento de celebração, aprendizado e reflexão, que reforça a importância de preservar e valorizar as tradições que nos tornam quem somos. Além do resgate da Cultura Popular Brasileira, os praticantes das manifestações populares também têm a possibilidade de reconhecer-se nessa história, elevando sua autoestima e seu olhar mais reflexivo a respeito de si, do outro e do mundo — explica Ana Carolina.

Quanto à decisão de levar o “Mitos e Ritos da Cultura Popular” para a Tijuca, Ana afirma que um dos objetivos do evento é ampliar as vozes da cultura popular brasileira. Ela acrescenta que escolheu o Centro da Música Carioca Artur da Távola por sua seriedade e dedicação ao trabalho com a música.

— É um espaço importante, um casarão antigo, com uma programação riquíssima sobre a música popular brasileira. A música atravessa todo o nosso trabalho, é uma linguagem muito importante aqui no nosso projeto, que faz esse remonte para a nossa ancestralidade — destaca Ana Carolina.

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Rubens Kurin, diretor do Centro da Música Carioca Artur da Távola, expressa sua empolgação com o evento, ao destacar a importância de celebrar a diversidade cultural brasileira:

— É uma oportunidade maravilhosa ter aqui no Centro da Música Carioca Artur da Tavola, pela primeira vez, um evento como o “Mitos e Ritos da Cultura Popular”, que mostra a pluralidade da nossa cultura, das nossas danças e ritmos, e a riqueza da cultura brasileira.