A Sapoti Projetos Culturais está promovendo a segunda edição do Oficina Maker, laboratório de fabricação digital voltado para estudantes de 14 a 20 anos da rede pública de ensino das zonas Norte e Oeste do Rio. O projeto é patrocinado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, a Secretaria municipal de Cultura, a TechnipFMC e a Kadima Gestão de Investimento, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura — Lei do ISS, e oferece uma oportunidade para os jovens se profissionalizarem usando equipamentos de última geração.
As atividades acontecem presencialmente no FabLab, laboratório de fabricação digital da Firjan Senai, em Benfica. O espaço, que faz parte da rede mundial criada pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), está equipado com computadores, cortadora laser, impressora 3D, scanner, soldadora e arduino, permitindo que os estudantes desenvolvam projetos e ideias durante o curso.
Com duração de 17 aulas, duas vezes por semana, o curso está dividido em duas turmas, às segundas e quartas-feiras ou às terças e quintas-feiras, das 13h às 17h. Cada uma tem 15 participantes, que recebem bolsa com ajuda de custo, auxílio transporte e vale-refeição.
O programa do Oficina Maker é dividido em três módulos: Desenvolvimento de Projeto; Desenvolvimento de Conceito; e Modelagem Virtual. Na primeira parte, os alunos aprendem sobre estratégias de trabalho em equipe, planejamento de produto, mecanismos de validação de projetos e normas de segurança. Na segunda etapa, o foco é em design thinking e prototipagem rápida, enquanto o último módulo aborda desenho técnico, criação de modelo virtual e digitalização em 3D.
— Estou muito entusiasmada com o curso e emocionada com tanto compartilhamento de conhecimento — afirma Alice Nobre, aluna e moradora de Coelho Neto.
Originário dos Estados Unidos, o movimento maker propõe que as pessoas possam fazer, construir, consertar, modificar e fabricar produtos para solucionar problemas. A educação maker, cada vez mais presente nas escolas, prepara os jovens para as mudanças no mundo do trabalho, oferecendo experiência técnica e promovendo o protagonismo do estudante.
— A ideia é divulgar essa metodologia entre estudantes de escolas públicas e na periferia, como forma democratizar o acesso à informação. A proposta é prestigiar moradores das regiões Norte e Oeste, fugindo da Zona Sul, onde a oferta já é grande — afirma Daniela Chindler, diretora da Sapoti.