Tijuca e Zona Norte
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Por — Rio de Janeiro

RESUMO

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GERADO EM: 04/08/2024 - 09:00

Centro Coreográfico: 20 anos de dança e diversidade

O Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro, com 20 anos de história, destaca-se como o maior complexo cultural da América Latina para profissionais da dança. O espaço celebrará com um espetáculo inclusivo, envolvendo diversos artistas e promovendo a diversidade corporal na dança. Além disso, o Centro passou por reformas recentes e é reconhecido por sua contribuição à dança nacional e internacional.

O entra e sai de bailarinos no pátio da antiga Cervejaria Brahma, na Rua José Higino 115, na Tijuca, dá uma pista das atividades realizadas no interior do prédio com fachada tombada pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH) em 1994. Ali funciona, há exatos 20 anos, o Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro, maior complexo cultural da América Latina destinado à formação e ao aprimoramento de bailarinos, coreógrafos, diretores e produtores de espetáculos de dança.

Desde a inauguração, em 4 de agosto de 2004, o espaço — formado por teatro, salas de ensaio e multiúso, galeria de arte, midiateca, auditório e apartamentos para residentes — tem servido de palco para centenas de projetos e eventos, que incluem oficinas, espetáculos teatrais, ensaios e ocupações.

A fachada do prédio da José Higino, tombado pelo Patrimônio Histórico Municipal — Foto: Divulgação/Samuel Barcelos
A fachada do prédio da José Higino, tombado pelo Patrimônio Histórico Municipal — Foto: Divulgação/Samuel Barcelos

— O espaço é um dos poucos do país dedicados à dança no sentido amplo: pesquisa, criação, produção, formação de público. Aqui se vivencia o espetáculo na íntegra, da concepção à realização do evento, além de se incentivar a manutenção e o desenvolvimento de artistas, coletivos e companhias. E isso abraçando toda a diversidade de estilos: da dança contemporânea ao balé clássico, passando por vogue, passinho, funk, ritmos urbanos — detalha Diego Dantas, diretor artístico do Centro Coreográfico.

Diego Dantas, diretor artístico do Centro Coreográfico, integrou a equipe da instituição no início da carreira — Foto: Divulgação/Samuel Barcelos
Diego Dantas, diretor artístico do Centro Coreográfico, integrou a equipe da instituição no início da carreira — Foto: Divulgação/Samuel Barcelos

No cargo desde 2017, o bailarino, professor, criador e diretor cênico conta que a história do espaço se confunde com a sua própria.

— Comecei em 1998, com aulas de balé de um projeto social, e o Centro Coreográfico foi fundamental para a minha carreira. Foi com a coreógrafa Regina Miranda, aqui mesmo, que eu comecei a profissionalizar o meu trabalho e a compor pequenos solos — relata.

Cerca de 20 companhias de dança ensaiam semestralmente nos estúdios e lofts do Centro Coreográfico, onde são desenvolvidos programas de residência para artistas e companhias nacionais e internacionais. Por meio de parcerias com escolas públicas do entorno, estudantes participam de atividades como oficinas e visitas. Entre os residentes artísticos do espaço está a primeira dupla solista do Theatro Municipal do Rio, Priscilla Mota e Rodrigo Negri. É do renomado casal de bailarinos a coreografia da comissão de frente da Viradouro, campeã do carnaval 2024.

Priscilla Mota e Rodrigo Negri, bailarinos e coreógrafos residentes no espaço, assinaram o espetáculo apresentado pela comissão de frente da Unidos do Viradouro, escola campeã do carnaval carioca em 2024 — Foto: Divulgação/Samuel Barcelos
Priscilla Mota e Rodrigo Negri, bailarinos e coreógrafos residentes no espaço, assinaram o espetáculo apresentado pela comissão de frente da Unidos do Viradouro, escola campeã do carnaval carioca em 2024 — Foto: Divulgação/Samuel Barcelos

Entre os eventos que marcaram a história do local estão os encontros universitários de 2006; o Rio Dança, que reuniu companhias nacionais e internacionais, em 2012; e a 1ª Semana de Criadores Negros, em 2018; além de workshops com grupos de Índia, França, Togo, Itália, Canadá, México e Cuba, entre outros países.

— Recebemos, por exemplo, o coreógrafo camaronês Joseph Toonga e seu projeto de hip-hop com profissionais do Reino Unido, e ele levou bailarinos nossos para lá. Recebemos também a portuguesa Marisa Paulo, que fez a pré-estreia da Bienal Black com a obra “Fragmentos”, criada numa residência do Centro Coreográfico. São muitas trocas nesse espaço pioneiro — acrescenta Dantas.

Em março, dentro das ações previstas no Programa Cultura do Amanhã, série de obras de infraestrutura e modernização realizadas com recursos públicos, o Centro Coreográfico foi um dos equipamentos culturais que passaram por reformas e chega à data de aniversário renovado.

Outro importante equipamento da região contemplado com as ações do programa, o Teatro Ziembinski teve melhorias no espaço cênico, modernização de fachada e troca das instalações elétricas e do sistema de prevenção de incêndios.

O espetáculo “Corpos que dançam” será apresentado neste fim de semana no Centro Coreográfico — Foto: Divulgação
O espetáculo “Corpos que dançam” será apresentado neste fim de semana no Centro Coreográfico — Foto: Divulgação

Espetáculo inclusivo

Neste domingo, às 18h, o Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro recebe o espetáculo de dança de salão inclusivo “Corpos que dançam”. O evento, com entrada gratuita, apresenta números de diversos ritmos nacionais e internacionais dançados em dupla.

Cada apresentação é formada por bailarinos que trazem representatividade às bandeiras da diversidade e da inclusão social, em elencos que incluem pessoas com síndrome de Down, cadeirantes, pessoas com mais de 60 anos e homens e mulheres plus size.

Com o objetivo de questionar a estética do corpo ideal para um bailarino, o espetáculo apresenta uma adaptação técnica da dança para um elenco diversificado. São ritmos variados de danças de salão em corpos diferentes dos que costumam ser vistos nas apresentações convencionais. O intuito é promover uma discussão sobre que corpo perfeito pode se apresentar num espetáculo de dança e o que é o conceito de perfeição para cada pessoa.

“Corpos que dançam — O espetáculo” conta com apoio do governo federal, através do Ministério da Cultura, e da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e da Secretaria municipal de Cultura. Os ingressos são limitados e devem ser adquiridos antecipadamente, pela internet, no site https://riocultura.eleventickets.com/#!/home.

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