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Por Natália Boere — Rio de Janeiro


Ney Matogrosso faz show comemorativo pelos três anos do Teatro Prudential — Foto: Leo Aversa
Ney Matogrosso faz show comemorativo pelos três anos do Teatro Prudential — Foto: Leo Aversa

O local é um velho conhecido. Foi no extinto Teatro Manchete, na Glória, que Ney Matogrosso gravou o clipe de “Tanto amar”, em 1982, com participação de Luiza Brunnet.

— Ela estava em início de carreira. Aparecia dentro de uma piscina e me puxava para lá, aquelas coisas de televisão — lembra Ney.

O clipe e o Manchete ficaram para trás. A sala mudou de figura. Repaginada, virou Teatro Prudential, que está completando três anos. Para celebrar, a casa escolheu esse artista magnético, autêntico e libertário. Mas nada de banho de piscina. Os parabéns serão com um show intimista no próximo dia 24, às 20h, no qual Ney estará acompanhado pelo pianista Leandro Braga. No repertório, sucessos como “Poema”, “Fala” e “Rosa de Hiroshima”. Ingressos a partir de R$ 100, à venda na plataforma Sympla.

— O Prudential é bonito e aconchegante, vai ser um show bom — profetiza Ney.

O fôlego é de maratonista. Prestes a completar 81 anos, em 1º de agosto, ele toca em paralelo a turnê “Bloco na rua”, que já passou por cidades como São Paulo, Vitória, Recife e Porto Alegre, sempre com a casa lotada, e chega a Brasília amanhã. Ney já tinha avisado que é dos que rompem tratados. E que o que é importa é não estar vencido...

— Estou na estrada todo fim de semana. Está sendo muito prazeroso, saio da minha casa sabendo que os ingressos estão esgotados. Fico muito feliz de ver que ainda tenho esse alcance e tanto público aos 80 anos, num país onde pessoas de idade são vistas como se pudessem ser descartadas. Isso me deixa lisonjeado, me sinto realizado enquanto artista — diz o morador do Leblon, que se apresentará em junho no Rock in Rio Lisboa e em julho fará quatro shows nos Estados Unidos.

Magnético. Ney no palco com o espetáculo “Bloco na rua” — Foto: Divulgação/Marcos Hermes
Magnético. Ney no palco com o espetáculo “Bloco na rua” — Foto: Divulgação/Marcos Hermes

Ney, aliás, adora andar pelas ruas do bairro — costumava caminhar até Ipanema, inclusive. Vai ao barbeiro, à farmácia, sempre de máscara:

— Podem me olhar estranho, não estou nem aí. Estou observando a questão da pandemia no noticiário, estou vendo que os casos estão aumentando. Tomei até a terceira dose da vacina. Não tomei a quarta ainda porque tenho viajado toda semana, estou com medo de ter alguma reação. Só vou tomar quando tiver uma pausa maior.

Ativo — atleta dos que malham diariamente —, ele conta que o isolamento compulsório o incomodou muito, “não só por ter que ficar sozinho e assistir ao espetáculo degradante das autoridades brasileiras diante dessa pandemia”:

— Nunca tive depressão, mas cheguei a achar que estava quase entrando numa coisa como essa, porque o noticiário era só morte, e num grau assustador. E o pouco caso das autoridades é muito desgastante.

Mas agora Ney só quer saber de celebrar a vida. Em especial, a de sua mãe, dona Beíta, que fará 100 anos em outubro, “completamente lúcida”.

— Conheci o avô dela aos 104 anos, isso não é novidade na família — avisa.

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