Investigar o processo diaspórico e a ligação histórica entre Brasil e África por meio de filmes, pesquisas e conversas. Este é o objetivo da mostra cinematográfica Marcas Afrodiaspóricas: História, Cinema e Memória, que será realizada a partir de quinta-feira (dia 11) na Fundação Casa de Rui Barbosa, em Botafogo. A iniciativa é da fundação em parceria com a Quiprocó Filmes e promoverá sessões de cinema gratuitas, seguidas por conversas críticas com cineastas, pesquisadores e convidados, que vão tratar dos assuntos dos documentários e também de pesquisas acadêmicas relacionadas.
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A primeira sessão será no dia 11, às 18h, com o filme “Essa Gunga veio de lá — Tradição africana nos sinos do Brasil”, de Tabita Said, produzido pela TV USP e baseado na pesquisa de doutorado em História Social do historiador e etnomusicólogo Rafael Galante. Após a sessão, Galante participará de um bate-papo com o curador Eduardo Possidonio, com mediação de Ivana Stolze Lima.
As sessões ocorrerão uma vez por mês, até julho. Serão ainda exibidos os filmes: “A rainha Nzinga chegou”, de Júnia Torres e Isabel Casimira (9 de maio); “Atlântico negro: na rota dos orixás”, de Renato Barbieri (13 de junho); e “Pedra da memória: diálogos Brasil Benim”, de Renata Amaral (4 de julho). A mostra marca também a retomada de eventos na Casa de Rui Barbosa.
Para Dora Motta, coordenadora de produção da Quiprocó Filmes, a mostra destaca-se como um espaço importante para a valorização e a preservação da História e da memória afrodiaspórica.
— Cada documentário exibido é resultado de uma pesquisa aprofundada, revelando práticas comunitárias e culturais que enriquecem o entendimento do processo diaspórico. Além disso, nos debates posteriores a cada exibição, nossa intenção é envolver os espectadores na análise da fundamentação teórica e das seleções e escolhas na pesquisa dos cineastas e convidados, proporcionando uma experiência reflexiva sobre a temática abordada, através da linguagem cinematográfica — comenta.
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