Durante um mergulho noturno na Praia Vermelha, muito procurada por quem observa o mar, pesquisadores da ONG Instituto Mar Urbano (IMU), que documenta e cataloga o ambiente marinho, encontraram uma raia-prego. O peixe raro é assunto de um dos projetos da ONG:
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— O projeto “Raias da Guanabara” foi criado em 2021, deu origem a uma websérie e à minha dissertação de mestrado, no Programa de Pós-graduação de Ecoturismo e Conservação da Unirio. Já foram identificadas 39 espécies de raias no estado do Rio, sendo dez só na Baía de Guanabara — explica o gerente de projetos do IMU, Nahan Lagares.
Frequentes em áreas costeiras e rasas, as raias-prego, também conhecidas como raias-manteiga, vivem próximas ao fundo do mar e se alimentam principalmente de crustáceos. Atualmente, a população de raias é considerada em risco de extinção. Antes de 2020, não havia pesquisas suficientes com dados sobre a conservação dessas espécies.
Segundo Nathan, a ideia é promover a conscientização sobre a preservação desses animais e do ecossistema em que vivem.
— As raias existem há mais de 400 milhões de anos, e muitas espécies sofrem risco de extinção — alerta.
De acordo com Ricardo Gomes, fundador do IMU, além de pesquisar o potencial turístico do ambiente marinho, o instituto prevê ações de educação ambiental e de mobilização social para estimular a população a preservar.
— Queremos combater a desinformação. A presença recente de tubarões e raias, por exemplo, gerou pânico na população. Mas é preciso que saibam que esses animais são um sinal de saúde do ecossistema — ensina.
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