RIO — No primeiro desfile sem Elza Soares, morta em janeiro deste ano, a Mocidade Independente de Padre Miguel, escola com a qual a cantora tinha uma profunda ligação, prestou-lhe uma homenagem. A última alegoria, que lembrava carnavais marcantes da agremiação da Zona Oeste do Rio, trouxe o trono em que Elza desfilou em sua última passagem pela Sapucaí, em 2020, vazio. À época, a Mocidade apresentou o enredo "Elza Deusa Soares", contando a história da cantora.
A rainha de bateria, Giovana Angélica, que raspou o cabelo para desfilar, representando o espírito de Ketu Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
Com tambores que se movimentam, comissão de frente encena história de Oxóssi Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
Comissão de frente da Mocidade Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
Apresentação da comissão de frente da Mocidade, intitulada "Oxóssi é caçador de uma flecha só...” Foto: Hermes de Paula / Agência O Globo
Na narrativa, o guerreiro põe fim ao sofrimento de uma aldeia assombrada
pelo feitiço de uma ave-bruxa Foto: AMANDA PEROBELLI / REUTERS
Componente ao lado do tripé "Espírito das árvores sagradas". Iroco, orixá do tempo, é reverenciado por vários odés, os caçadores que se alimentam da energia vital da árvore Foto: Hermes de Paula / Agência O Globo
Desfile da Mocidade Independente Foto: Guito Moreto / Agência O Globo
Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeir, representando
o Mutalambô - a face divina da natureza do caçador Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
Mocidade desfila na Sapucaí Foto: Hermes de Paula / Agência O Globo
Desfile da Mocidade Independente Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
Alegoria que retrata a consagração de Oxóssi como o caçador de elefantes Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
Desfile da Mocidade Independente Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
Ala "Estrela guia" Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
Mocidade é a terceira escola a se apresentar nesta noite de sábado Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
Escola levou enredo sobre Oxóssi, orixá caçador Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
Carnavalesco da escola, Fábio Ricardo explica que o tributo foi um pedido da direção da escola:
— Foram a escola e a direção da escola que pediram para deixar a cadeira dela, em que ela sempre desfilou, como uma homenagem. Apenas a redecorei, para que representasse mais uma estrelas da mocidade que já não estão presentes. A escola me informou que ela tinha uma ligação profunda com mestre (de bateria) André e a escola.
A rainha de bateria, Giovana Angélica, que raspou o cabelo para desfilar, representando o espírito de Ketu Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
Com tambores que se movimentam, comissão de frente encena história de Oxóssi Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
Comissão de frente da Mocidade Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
Apresentação da comissão de frente da Mocidade, intitulada "Oxóssi é caçador de uma flecha só...” Foto: Hermes de Paula / Agência O Globo
Na narrativa, o guerreiro põe fim ao sofrimento de uma aldeia assombrada
pelo feitiço de uma ave-bruxa Foto: AMANDA PEROBELLI / REUTERS
Componente ao lado do tripé "Espírito das árvores sagradas". Iroco, orixá do tempo, é reverenciado por vários odés, os caçadores que se alimentam da energia vital da árvore Foto: Hermes de Paula / Agência O Globo
Desfile da Mocidade Independente Foto: Guito Moreto / Agência O Globo
Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeir, representando
o Mutalambô - a face divina da natureza do caçador Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
Mocidade desfila na Sapucaí Foto: Hermes de Paula / Agência O Globo
Desfile da Mocidade Independente Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
Alegoria que retrata a consagração de Oxóssi como o caçador de elefantes Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
Desfile da Mocidade Independente Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
Ala "Estrela guia" Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
Mocidade é a terceira escola a se apresentar nesta noite de sábado Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
Escola levou enredo sobre Oxóssi, orixá caçador Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
Elza Soares morreu aos 91 anos no dia 20 de janeiro, dia de São Sebastião. O santo é ligado, pelo sincretismo religioso, a Oxóssi, orixá padroeiro da Mocidade e homenageado pela escola este ano.
Eleita a "voz do milênio" pela BBC, Elza foi um dos maiores expoentes da música brasileira. Pela Mocidade, foi uma das primeiras puxadoras mulheres da história do carnaval e também madrinha de bateria.