RIO — Na volta do Grupo Especial à Sapucaí, as escolas do primeiro dia de desfiles levaram para a Avenida histórias de homenagem a grandes nomes da nossa cultura, dentro e fora do samba, e de protesto, além do carnaval preto. Confira o que foi hitou e flopou em cada uma delas.
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Confira o que hitou
Imperatriz Leopoldinense
Destaque do último carro da Imperatriz, a “professora” Rosa Magalhães foi recebida com aplausos e muito carinho pelo público.
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Mangueira
A comissão de frente da Mangueira arrancou aplausos do público pelo seu balé e pelo truque de troca de roupa na frente do público.
Salgueiro
A coreografia da bateria, que se ajoelhava com punho cerrado para o alto, junto com Viviane Araújo. Grávida de 5 meses, a rainha de bateria da escola apresentou uma das melhores performances dos últimos tempos.
O carro do obelisco, último a entrar na Avenida, com a palavra racismo escrita e que era derrubado durante o desfile foi de arrepiar.
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São Clemente
A presença da mãe e inspiração de Paulo Gustavo, Déa Lúcia. Destaque do carro na comissão de frente, ela foi aplaudida pelo público, por integrantes da escola e reverenciada pela bateria. Os ritmistas, aliás, estavam vestidos de Dona Hermínia, personagem inspirado nela e que consagrou o humorista.
Viradouro
Luxo e capricho nas fantasias e alegorias deixaram a escola mais perto do bi. Um exemplo disso foi o carro de Obaluayê, o mais bonito da escola.
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Beija-Flor
O que parecia impossível, aconteceu. A escola de Nilópolis voltou à Sapucaí ainda mais luxuosa e majestosa que nunca.
Mas o grande destaque foi mesmo a ala das baianas, com fantasias impecáveis inspiradas na obra da artista Rosana Paulino.
Confira o que flopou
Imperatriz Leopoldinense
A ala dos passistas à frente da bateria deu trabalho para a Harmonia. Na frente da cabine dos jurados, os componentes descompassaram e, por alguns instantes, buracos se abriram no desfile.
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Mangueira
O grande número de componentes da escola com a camisa de diretoria atrapalhou o andamento do desfile no fim. Para a bateria sair do recuo, os seguranças da escola fizeram um cordão de isolamento
Salgueiro
Apesar de bonito, o carro do funk e do charme não conseguiu unir os dois ritmos ao samba.
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São Clemente
Apesar da grande expectativa e da emoção que envolvem o enredo em homenagem a Paulo Gustavo, o samba é sofrível.
Viradouro
O samba em forma de carta gerou muita expectativa, mas ficou bem melhor antes de chegar até a Avenida.
O mestre-sala Julinho Nascimento perdeu o sapato e deixou o Sambódromo chorando.
Beija-Flor
O imponente carro abre-alas era lindo e grandioso, mas sofreu ao atravessar a Avenida e não conseguiu cruzar a linha final sem algumas avarias.