RIO — O posto mais cobiçado no desfile das escolas de samba do Grupo Especial conta, este ano, com cinco estreantes. São elas: Jack Maia , da Estácio; Giovanna Angélica , da Mocidade; Lívia Andrade , da Tuiuti; Lexa , da Tijuca: e Aline Riscado , da Vila Isabel. Mas não se engane com o clima de novidade: o fato de estarem pela primeira vez à frente dos ritmistas não significa falta de intimidade com o samba — neste quesito, elas já são veteranas!
PROGRAME-SE: Confira nossa busca de blocos e escolha o seu preferido
Cria da Zona Oeste , Jack Maia frequentava a quadra da Acadêmicos de Santa Cruz , a escola do seu bairro, onde aprendeu o ofício de aderecista. Foi lá o primeiro contato com o posto, ocupado por sete anos na agremiação da Série A . Na Estácio , fez uma espécie de estágio como musa por dois anos até se tornar rainha.
— Não caí de paraquedas. Estava há dois anos na escola que me conhecia. Chegou o meu momento e estou pronta para assumir a responsabilidade — assegura.
Giovanna Angélica, que estreia à frente da Bateria Não Existe Mais Quente também garante que o samba pulsa nas veias desde a infância, quando saía nos bloquinhos de Bangu e Padre Miguel . Modesta, diz que nunca sonhou com o posto, mas não esconde a admiração pelas soberanas anteriores:
— Sempre admirei as rainhas, mas minha vida na juventude foi muito difícil. Tive de trabalhar cedo, tive filho, então essa expectativa passava longe.
A rainha da Tuiuti , Lívia Andrade, é estreante não só no posto, mas também no carnaval carioca. A modelo e apresentadora conta que chegou “no sapatinho” no Rio, mas tem 26 anos de folia em São Paulo:
— Minha primeira lembrança do carnaval é de um ensaio da Unidos do Peruche, na Rua Zilda, Zona Norte de São Paulo. Nem sei dizer quantos anos tinha. Só sei que estava de “cavalinho” nos ombros do meu tio, encantada com o povo e o barulho contagiante que aquilo fazia. Me vi ali e anos depois realizei meu desejo .
LEIA: Paulo Barros promete surpresa na Tijuca e fala sobre novas estrelas: ‘Minha vez vai passar’
Ao ser coroada na Tijuca , em outubro, Lexa relembrou sua história com o samba, que, segundo ela, vem da infância:
— Se eu olhasse pra trás veria aquela menina de 11 anos tocando tamborim no barracão, sentadinha enquanto eu via minha mãe falando com as costureiras, vendo as montagens dos carros, componentes da velha guarda e baianas ajudando no meio daquela correria! Quem vive o samba ama de corpo e alma.
A funkeira reinou na Unidos de Bangu por dois anos e, ao se transferir para a Tijuca, passou a coroa para mãe e empresária Darlin Ferrattry.
Ex-bailarina do Programa do Faustão, Aline Riscado também não é novata no samba. A rainha da Vila Isabel já reinou à frente dos ritmista da Caprichosos, em 2014, na série A, e da Tucuruvi, de São Paulo.