Carnaval
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Por Jessica Marques — Rio de Janeiro

A promessa do mestre-sala e da porta-bandeira, Julinho Santos e Rute Alves, de abrir e fechar o desfile da Viradouro, nesta segunda-feira, não deu certo. Após meses de ensaio, a última escola a se apresentar na Sapucaí precisou optar pelo "plano b" para dar continuidade ao encerramento do desfile. A aposta inicial era colocar o casal de volta na concentração, na garupa de uma moto, para subir no último carro alegórico, que homenageou mestres-salas e porta-bandeiras. Um segundo casal foi quem substituiu a dupla no carro "A santa que o povo aclamou", complementando a coreografia final.

Rute e Julinho, que este ano completam 50 anos e desfilam juntos há mais de 26, estavam desde outubro se preparando para a apresentação. Porém, os ensaios de horas, dentro e fora da Avenida, não foram suficientes para completar o ato. A equipe de produção chegou a cronometrar uma troca de roupa que duraria cerca de um minuto e meio.

Casal de mestre-sala e porta-bandeira da Viradouro — Foto: Roberto Moreyra
Casal de mestre-sala e porta-bandeira da Viradouro — Foto: Roberto Moreyra

— Não deu tempo dela chegar aqui. Ficamos tristes com isso, mas faz parte. Por isso mesmo, preparamos outro casal. Era importante para eles completarem o circuito e fazer o encerramento. Não deu certo, então seguimos com o desfile que está lindo — afirmou um dos membros da equipe.

Na concentração, o casal de dançarinos estava certo que a performance seria executada e a homenagem aos mestres-salas e porta-bandeiras, realizada.

— Esse carnaval está sendo muito especial. Achamos que seria o do ano passado, mas estávamos saindo de um período muito cruel. Esse ano está sendo o carnaval de verdade. As alegorias estão lindas. Essa surpresa, esse brinde que a gente tentará proporcionar ao público, essa volta e ida a uma alegoria que vai trazer os mestres-salas e porta-bandeiras é também para reverenciar a nossa homenageada. Vai ser lindo — afirmou Rute, minutos antes do início de entrar na Sapucaí.

Apesar da confiança, a porta-bandeira explicou que a escola já contava com a possibilidade de imprevistos e criou uma espécie de plano alternativo. O esquema foi usado para dar continuidade ao desfile, encerrado em uma hora sete minutos.

— Vai ter troca de roupa. A equipe preparou um esquema para que tudo seja feito em um minuto e meio. Quatro motos foram contratadas para nos levar. Foi tudo muito pensado e bem organizado. A equipe do ateliê preparou duas roupas. Apesar de ser mais simples. É um vestido, mas não é uma fantasia de mestre-sala e porta-bandeira — pontuou.

'Hoje eu me sinto jovem'

Companheiro de quadra, o mestre-sala Julinho Nascimento afirmou que não tem medo dos erros que poderiam ocorrer. Ele comemorou a dedicação nos ensaios, reforçando o quanto o desfile deste ano seria histórico para sua carreira.

— Sabemos da responsabilidade de entrar na Avenida, mas queremos nos divertir. Hoje eu me sinto jovem, garoto e renovado ao lado da Rute para defender meu pavilhão. Hoje, a gente encerra um ciclo de treinamento e ensaios com um grande desfile e pisando forte na Avenida — emocionou-se.

A tentativa de desfilar duas vezes não é novidade na Sapucaí. Em 2017, quando a Grande Rio homenageou Ivete Sangalo na Avenida com “Hoje é dia de Ivete”, a cantora baiana abriu a comissão de frente, deu a volta no pavilhão de moto e retornou à passarela no último carro. Espetáculo repetido pela Vila Isabel, que trouxe o compositor e cantor Martinho da Vila também na comissão de frente, retornando à Sapucaí caminhando e encerrando o desfile.

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