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Caso Henry: começa audiência com Jairinho e Monique juntos no banco dos réus

Pela primeira vez desde a prisão, ex-vereador está lado a lado da professora, mãe do menino morto em condomínio da Barra
Jairinho e Monique em audiência do Caso Henry Foto: Hermes de Paula/ Agência O Globo
Jairinho e Monique em audiência do Caso Henry Foto: Hermes de Paula/ Agência O Globo

RIO —  Começou por volta das 10h50m, desta terça-feira, a nova audiência do Caso Henry, em que o ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Jairinho , e a professora Monique Medeiros, mãe do menino morto em condomínio na Barra da Tijuca, na Zona oeste do Rio, estão sentados juntos no banco dos réus. Nesta audiência, serão ouvidas sete testemunhas da defesa do ex-parlamentar. Além das testemunhas arroladas pela defesa de Jairinho, estão no plenário o deputado estadual Jairo Souza Santos, o Coronel Jairo, pai do ex-vereador, e a empregada doméstica Leila Rosângela de Souza Mattos. Ambos foram selecionados pelos advogados de Monique, mas se apresentaram espontaneamente nesta terça-feira e podem ser ouvidos ao longo do dia.

A primeira testemunha a ser ouvida deverá ser a cabeleireira Tereza Cristina dos Santos, arrolada pelo promotor Fábio Vieira e que não havia sido localizada nem intimada para a audiência do dia 6 de outubro. Em depoimento prestado na 16ª DP (Barra da Tijuca), em 14 de abril, a profissional contou trabalhar em um salão de beleza no Shopping Metropolitano frequentado por Monique desde janeiro. Ela relatou lavar o cabelo da professora, por volta de 16h30m do dia 12 de fevereiro, quando presenciou uma chamada de vídeo feita por Henry.

Após a oitiva de Tereza, será ouvido o policial civil Sigmar Rodrigues de Almeida. Ele é amigo do pai de Henry, o engenheiro Leniel Borel, e o levou do Hospital Barra D'Or a 16ª DP, para registrar o caso, e ainda o acompanhou ao Instituto Médico-Legal (IML).

Na sequência, será ouvida Cristiane Isidoro, assessora do deputado estadual Jairo Souza Santos, o Coronel Jairo, pai de Jairinho, por cerca de 30 anos. Ela também trabalhava para o então vereador na época da morte de Henry e ajudou a família nos trâmites burocráticos, como o pagamento do enterro do menino. Na sequência, será ouvida a secretária executiva Fernanda Abidu Figueiredo, ex-namorada de Jairinho e mãe do filho mais velho dele, o estudante Luis Fernando Abidu Figueiredo Santos, que também foi arrolado como testemunha.

Integrantes de movimento de apoio a vítimas de violência, na porta do fórum no Rio antes de audiência do Caso Henry Foto: Paolla Serra / Agência O Globo
Integrantes de movimento de apoio a vítimas de violência, na porta do fórum no Rio antes de audiência do Caso Henry Foto: Paolla Serra / Agência O Globo

Serão ouvidos ainda o ex-motorista do ex-parlamentar, Rogério Baroni, e a tia de Jairinho, a professora Herondina de Lourdes Fernandes. Foi na casa dela, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, onde ele estava com Monique ao ser preso por policiais da 16ª DP. Na ocasião, dois celulares foram arremessados do quarto onde o casal dormia pelo basculante do banheiro.

Por fim, deverá depor também Thiago Kwiatkowski Ribeiro, conhecido como Thiago K Ribeiro, que foi vereador com Jairinho na Câmara Municipal do Rio por três mandatos e tomou posse como conselheiro do Tribunal de Contas do Município (TCM) este ano.

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Na primeira parte da audiência, em 6 de outubro, Jairinho participou por videoconferência do Presídio Pedrolino Werling de Oliveira, no Complexo de Gericinó, onde está preso. No pedido, o advogado Braz Sant’Anna alegou que não havia necessidade da presença física do réu e a utilização do recurso tecnológico se daria em razão da pandemia, já que sempre que os detentos deixam as unidades prisionais e retornam, precisam ficar em quarentena.

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Já Monique esteve presencialmente na audiência. Acompanhada dos advogados Thiago Minagé e Hugo Novais, ela participou fazendo anotações no processo e ajudando os defensores a localizar informações sobre as investigações nas páginas.

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