Rio

Namorada faz apelo por notícias de professor de jiu-jítsu detido na China há mais de um mês

Bruna Caruso relata que Thiago Matheus Miranda Reis Silva foi pego pela fiscalização após seu patrão dar entrada num visto de trabalho irregular
O professor de jiu-jitsu Thiago Reis Foto: Instagram / Reprodução
O professor de jiu-jitsu Thiago Reis Foto: Instagram / Reprodução

RIO — Mais de um mês depois de não ter mais notícias do pai de sua filha, o professor de jiu-jítsu Thiago Matheus Miranda Reis Silva, de 28 anos, Bruna Caruso, de 25, resolveu usar seu perfil no Facebook para pedir ajuda. Num relato emocionado, ela contou que, em 16 de maio, o rapaz foi detido na China, após seu patrão dar entrada num visto irregular de trabalho para que ele continuasse dando aulas em sua academia. O documento, segundo Bruna, informaria uma academia e uma cidade diferentes das que Thiago estava trabalhando e morando. O rapaz foi flagrado pela fiscalização e detido.

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— Parece que o patrão do Thiago pediu ajuda ao dono de outra academia para dar entrada no visto. E essa pessoa teria usado os dados de sua academia na documentação. E o Thiago ainda ficou todo feliz quando recebeu o visto que o liberava para trabalhar — contou Bruna.

Thiago estava morando na província de Hebei. Atualmente, ele se encontra na delegacia de Langfang, também em Hebei. Bruna disse que já recorreu ao Consulado do Brasil na China e também ao Itamaraty para saber como liberar o namorado:

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— O Itamaraty manda falar com o Consulado, que diz que tem que aguardar as autoridades chinesas. Enquanto isso, eu e a família do Thiago ficamos aqui completamente perdidos, sem entender essa demora. Já falaram que ele teria que pagar uma multa, depois falaram que não tem multa nenhuma. Eu só quero saber o que fazer para que ele volte para o Rio.

Por meio de nota, o Itamaraty informou que acompanha o caso e tem prestado "toda a assistência possível ao senhor Thiago Matheus Miranda, respeitando os tratados internacionais vigentes, como a Convenção de Viena sobre Relações Consulares, e a legislação local".

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Na manhã desta quinta-feira, a jovem iria à Defensoria Pública para ver se consegue alguma orientação.

— Não temos recursos para pagar advogado. Vou ver se lá alguém pode me ajudar — disse.

De acordo com Bruna, Thiago foi para a China em fevereiro do ano passado, com um visto de turista de três meses, com a promessa que o patrão logo daria entrada no visto de trabalho. Mas isso não aconteceu — segundo a jovem, o patrão alegava que a pandemia de Covid-19 o impedia de lidar com a papelada. E, assim, o visto de turista foi sendo renovado mensalmente. Mas este ano, com a retomada dos voos, não renovaram mais. Foi então que o visto de trabalho foi finalmente pedido.

Vida melhor para a filha

Thiago e Bruna têm uma filha. De acordo com a jovem, foi para dar uma vida melhor para a menina que o rapaz resolveu ir para a China. "Thiago saiu do Brasil em fevereiro do ano passado  para tentar uma vida melhor e dar uma vida boa à nossa filha, ganhar espaço na vida do jiu-jiísu, todos desse meio sabem o quão difícil é", escreveu a jovem em seu relato no Facebook.

Segundo ela, o trabalho na China foi graças a uma desistência de outro professor da academia em que Thiago dava aulas no Rio:

— A esposa dele estava grávida e ele acabou não indo. Aí indicou o Thiago.