Rio
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Por O GLOBO — Rio de Janeiro

À frente da milícia que mais domina áreas da Zona Oeste de Rio, Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, ascendeu ao posto de chefe da da maior milícia do estado do Rio há pouco mais de um ano, com a morte do irmão Wellington da Silva Braga, o Ecko. O miliciano, que foi um dos responsáveis por expandir os domínios do grupo, foi morto pela polícia em 12 de junho do ano passado, na comunidade de Três Pontes, em Paciência, um dos redutos de seu poder. Hoje, Zinho figura na lista dos mais procurados do estado e está em constante conflito, por disputa de território e influência contra Danilo Dias Lima, o Tandera, o principal rival.

Nesta quinta-feira (25), Zinho está no centro de uma operação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. O criminoso e seu grupo são suspeitos por envolvimento na morte do ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, apontado pelas autoridades como o fundador da milícia Liga da Justiça, criada no início dos anos 2000 por agentes de segurança que moravam em Campo Grande, na Zona Oeste da cidade. O nome faz referência a um famoso grupo de super-heróis. Zinho está com a prisão decretada pela Justiça do Rio.

Antes de assumir o controle do grupo miliciano, Zinho, que não teve passagem por forças policiais, integrou a organização ao lado do irmão Ecko ao ficar encarregado da contabilidade e da lavagem do dinheiro oriundo das atividades ilegais. No passado, Tandera era homem de confiança de Ecko, com a missão de expandir o território da quadrilha para a Baixada Fluminense, região que hoje domina.

Em dezembro de 2020, Tandera rompeu com o grupo e o bando se dividiu. Com a morte de Ecko e a ascensão de Zinho seis meses depois, as duas organizações passaram a realizar ataques mútuos na disputa por território e pelo controle dos negócios. O confronto atingiu o ápice em setembro de 2021, quando — por ordem de Tandera — várias vans foram incendiadas na Zona Oeste, prática que continuou nos meses seguintes.

Hoje, o grupo de Zinho domina os bairros de Campo Grande e Santa Cruz, na Zona Oeste.

O primeiro dos irmãos Braga a entrar para a milícia foi Carlos da Silva Braga, o Carlinhos Três Pontes. A adesão foi durante a expansão dos domínios dos paramilitares pela região, quando traficantes de favelas alvo da organização começaram a trocar de lado, passando de rivais a aliados. Três Pontes virou uma espécie de braço direito do então chefe, o ex-PM Toni Ângelo, que defendeu seu nome na sucessão de Gão. Em seguida, Ecko e Zinho também entraram. Hoje, o grupo não tem policiais em seus primeiros escalões.

De acordo com promotores do Ministério Público, Zinho é o sócio da Macla Extração e Comércio de Saibro. Ele foi preso pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) em 2015, acompanhado por dois seguranças, um deles policial militar, mas acabou liberado no Plantão Judiciário.

O Disque-Denúncia (21 2253-1177) oferece recompensa de R$ 1 mil por informações que levem à prisão de Zinho.

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