Rio
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Por O GLOBO

Imagens do sistema de monitoramento de um condomínio no Anil, na Zona Oeste do Rio, mostram o momento que o policial militar Anderson Gonçalves de Oliveira, conhecido como "Andinho Polícia", foi assassinado na tarde deste sábado. Ele estava no corredor do prédio, na companhia de uma mulher e uma pessoa que limpava o chão do hall. O PM, que já foi condenado por chefiar uma milícia, foi morto a tiros em um dos corredores do edifício. A Divisão de Homicídios da Capital investiga o caso e fez perícia no local.

Imagens mostra momento que acusado de chefiar milícia é morto em condomínio no Rio

Imagens mostra momento que acusado de chefiar milícia é morto em condomínio no Rio

O vídeo do momento do crime mostra que Andinho foi surpreendido pelos criminosos. O PM estava de costas para a entrada do corredor quando percebeu a chegada dos homens armados. Tiros começam a ser disparados e todos correm para tentar se proteger. Tentando fugir, Anderson Gonçalves cai no chão, mas os criminosos continuam a atirar contra o PM.

As imagens ainda mostram três homens entrando no corredor para cometer o crime. Dois deles estão encapuzados. A ação dura menos de 30 segundos.

Anderson Gonçalves de Oliveira, o "Andinho Polícia", no momento em que foi preso  — Foto: Foto: Fabiano Rocha/02.06.2020
Anderson Gonçalves de Oliveira, o "Andinho Polícia", no momento em que foi preso — Foto: Foto: Fabiano Rocha/02.06.2020

A morte é  investigada pela Divisão de Homicídios da Capital. Paralelamente, a 32ª DP (Taquara) vai apurar se o homicídio tem relação com a guerra entre facções criminosas na região. A disputa entre traficantes e milicianos por controle de favelas de Jacarepaguá e Itanhangá. Desde o início do ano a disputa se intensificou e atingiu comunidades como Gardência Azul, Muzema, Rio das Pedras e Vila da Paz.

Vídeos que circulam nas redes sociais também mostram policiais do Batalhão de Choque dentro do condomínio procurando os criminosos na área comum.

Homem é assassinado no corredor de condomínio de Jacarepaguá

Homem é assassinado no corredor de condomínio de Jacarepaguá

Procurada, a Polícia Militar afirma que policiais do 18° BPM (Jacarepaguá) foram acionados para uma ocorrência de homicídio no bairro do Anil, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Segundo informações da unidade, no local o fato foi constatado pelos policiais. A área foi isolada para o trabalho da perícia.

Porta com diversas marcas de tiro onde o policial militar foi morto — Foto: Reprodução
Porta com diversas marcas de tiro onde o policial militar foi morto — Foto: Reprodução

Condenação

A Justiça condenou Anderson Gonçalves de Oliveira preliminarmente a oito anos de reclusão em regime inicial fechado. Mas no final de 2022, sua pena foi reduzida para cinco anos e três meses. O policial militar era apontado como um dos chefes de uma milícia que atua no Morro da Tirol, na Freguesia, na Zona Oeste do Rio. Preso em 2020, quando foi um dos alvos de uma operação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio (MP-RJ), Anderson permanecia nos quadros da corporação, lotado na Diretoria Geral de Pessoal (DGP), unidade tida como uma espécie de geladeira na PM.

Na sentença contra Anderson, o juiz Bruno Monteiro Ruliere, da 1ª Vara Criminal Especializada — que tem como foco justamente processos referentes a organizações criminosas, milícias e afins —, frisa que "Andinho é sempre citado em investigações de homicídios por disputa de território". O texto lembra, por exemplo, uma conversa interceptada entre outros dois réus na qual o PM é mencionado como sendo "quem arrumou 'uns caras' para 'pegar' alguém no interior da Gardênia Azul", comunidade próxima à área sob domínio do soldado na qual ele também teria influência, sobretudo numa localidade conhecida como Chico City.

"As conversas telefônicas interceptadas demonstram que Anderson Gonçalves de Oliveira, vulgo Andinho, é citado em várias comunicações entre milicianos do Morro da Tirol, sempre colocado como pessoa do topo da hierarquia do grupo criminoso", pontua outro trecho da decisão, tomada em setembro do ano passado. O posto de chefia foi usado como justificativa para majorar a pena do soldado, considerado como parte do núcleo nominado "comando geral" da quadrilha, descrita como um grupo que "emprega vasto material bélico na sua atuação delituosa".

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