Tiro acidental é disparado dentro da Alerj e deixa um ferido

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O artigo 238 do Regimento Interno, no entanto, proíbe que pessoas armadas circulem pelas dependências da Alerj como observou o deputado Carlos Minc (PSB) na sessão iniciada às 15 horas. ''É proibido o porte de arma de qualquer espécie nos edifícios da Assembleia e suas áreas adjacentes, constituindo infração disciplinar'', diz um trecho do regimento

— Independentemente dele ser policial, trabalha como assessor do deputado. Logo, a regra de não circular armado também se aplica a ele. O regimento permite apenas que os seguranças da casa portem armas. Mas nem eles trabalham armados — disse Minc.

Minc contou que teve uma conversa em plenário com o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (PL) sobre o caso. Segundo o deputado do PSB, Bacellar disse que ''há uma cultura'' que o segurança de deputado pode circular armado, mas que isso seria um erro. E prometeu para Minc que a nova diretora de Segurança da Alerj, que é delegada, vai aplicar o regimento com rigor.

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Luiz Paulo (PSD), por sua vez, também questionou a presença de assessores armados:

— Eu me pergunto. O regimento é claro. Não se pode usar nem portar armas de fogo dentro da Assembléia Legislativa. É certo que dependendo da área que se frequenta é preciso ter segurança. Mas porque (circular armado) dentro da Alerj.

Marcelo Dino preferiu não identificar o assessor, que é policial militar cedido para o gabinete. Com base eleitoral em Duque de Caxias, Marcelo Dino também foi da PM. Ele entrou para a reserva em 2010 depois de ser eleito vereador em Caxias. Está em seu segundo mandato na Alerj.

— O acidente foi no meu gabinete. Ele passa bem. Foi socorrido inicialmente pelo serviço médico da Alerj e transferido para um hospital — disse o deputado, pouco antes da sessão.

Mais tarde, O GLOBO tentou falar com o político depois de iniciada a sessão para comentar as declarações de MInc, mas sem sucesso.

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No fim de 2022, um decreto do governador Cláudio Castro determinou a volta de 3.084 agentes de segurança pública do estado, principalmente policiais militares, que estavam cedidos a outros órgãos estaduais, municipais e federais. Na época, havia 400 PMs cedidos para o legislativo. No entanto, semanas depois, Castro flexibilizou a decisão permitindo o retorno de boa parte dos cedidos.

Segundo relatos de pessoas que trabalham na Alerj, o disparo teria sido feito após a vítima sentar na arma, que estaria engatilhada. Assustadas, algumas pessoas deixaram o prédio.

Procurada, a assessoria de imprensa da Assembleia ainda não se pronunciou sobre o episódio.