Rio
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O cabo da Polícia Militar Rafael do Nascimento Dutra, de 35 anos, conhecido como “Sem Alma”, é apontado pelas investigações da Delegacia de Homicídios da Capital como chefe de um novo escritório do crime que atua na região do Grande Rio. Ele, que já é considerado foragido da Justiça desde a última terça-feira, está de licença da corporação desde 2021, quando levou um tiro em serviço. Em maio deste ano, a PM o considerou incapaz para o serviço policial e iniciou o processo de reforma do agente.

Dutra foi baleado em 26 de agosto de 2021, na região da axila direita, quando estava em serviço pelo 15º BPM (Duque de Caxias). O agente foi atingido quando atuava nas imediações da Favela do Raste, no município da Baixada Fluminense. Em laudo anexado ao processo de reforma do policial, um neurocirurgião aponta que Dutra lesionou cinco vértebras superiores das regiões cervical e torácica e apresentou à época uma “grave lesão parcial de plexo braquial” — nervos do local atingido pelo projétil. Além disso, aponta “lesão sensitivo-motora grave” e “dor crônica neuropática”.

Uma das relações entre Dutra e o esquema criminoso foi um GPS encontrado no veículo do policial Bruno Kilier da Conceição Fernandes, de 35 anos, assassinado no Recreio dos Bandeirantes, em junho deste ano. O dispositivo, conforme apontam as investigações, apresentava em sua memória o endereço de um depósito de bebidas, o qual pertence ao policial militar. A informação foi divulgada pelo RJ2, da TV Globo.

Processo administrativo

Um processo administrativo foi aberto pela Polícia Militar (PM) contra o policial Dutra após as investigações da DHC apontá-lo como chefe do grupo de matadores de aluguel.

Segundo a corporação, o caso está sendo conduzido pela 3ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (3ª DPJM), subordinada à Corregedoria Geral da PM (CGPM) e pode resultar na exclusão do agente dos quadros da Corporação. De acordo com a DHC, o agente ganhou o apelido de “Sem Alma” devido à crueldade com que age.

Na última terça-feira, a especializada realizou uma busca na residência do policial, mas ele não foi encontrado. Atualmente, ele está de licença por supostos problemas de saúde, mas caso não seja localizado, será considerado desertor pela Polícia Militar.

Ao menos cinco assassinatos

A investigação que revelou o envolvimento de Rafael Dutra como chefe da quadrilha de matadores começou após o assassinato de um miliciano em novembro do ano passado. Segundo as investigações, Marco Antônio Figueiredo Martins, também conhecido como 'Marquinho Catiri', teve sua morte planejada por um ano e foi assassinado ao sair de uma academia da qual era proprietário.

Além disso, a polícia está investigando se o grupo de 'Sem Alma' é responsável por outros quatro assassinatos. A perícia realizada nos fuzis utilizados no assassinato de Marquinho Catiri revelou que as mesmas foram usadas no assassinato do inspetor da Polícia Civil, João Joel de Araújo, em maio do ano passado, em Guaratiba, e na execução de Tiago Barbosa, um mês depois, na Via Light, em Nova Iguaçu.

Já em abril, Fernando Marcos Ferreira Ribeiro, de 41 anos, foi morto a tiros na Tijuca. O último caso ocorreu no mês passado, quando o ex-chefe de segurança de um dos presídios do Complexo Penitenciário de Bangu, o inspetor penal Bruno Kilier foi assassinado no Recreio dos Bandeirantes.

Até o momento, a polícia conseguiu prender dois integrantes do grupo conhecido como “novo escritório do crime”: José Ricardo Gomes Simões, detido em março deste ano; e George Garcia de Souza Alcovias, capturado em dezembro do ano passado, quando tentava fugir para o Paraguai.

Denuncie a localização do criminoso de vulgo “Sem Alma”, de forma anônima, ao Disque Denúncia:

  • Central de atendimento: (21) 2253-1177 ou 0300-253-1177
  • WhatsApp Anonimizado: (21) 2253-1177 (técnica de processamento de dados que remove ou modifica informações que possam identificar uma pessoa)
  • Aplicativo: Disque Denúncia RJ

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