Desde a Chacina da Candelária, ocorrida em 23 de julho de 1993, uma cruz com os nomes dos oito adolescentes assassinados por policiais militares está erguida em frente à igreja, localizada no Centro do Rio. A primeira, colocada pelos sobreviventes, à época do crime, foi destruída; depois, outras foram alocadas em substituição. Na manhã deste domingo, quando a chacina completa 30 anos, o movimento “Candelária nunca mais” organizou uma ação combinada às restaurações, pela prefeitura, da cruz e do chafariz, mas o evento teve participação minguada do poder público.
Marcada para as 10h, a homenagem começou uma hora depois, quando integrantes do "Candelária nunca mais" — como a vereadora Mônica Cunha e a líder do movimento, Patrícia Oliveira —, acompanhadas por Ivone Bezerra e Cristina Leonardo, que atuam na memória dos meninos da Candelária, e do atual desembargador José Muiños Piñeiro, desistiram de esperar a presença do secretário municipal de Assistência Social, Adilson Pires, substituto do prefeito Eduardo Paes, que não pôde comparecer por estar em São Paulo.
Vera Dias, gerente de Monumentos e Chafarizes da Secretaria municipal de Conservação, estava presente. De acordo com a Secretaria municipal de Assistência Social, uma representante do gabinete de Adilson Pires foi quem representou a pasta no local, já que o secretário "está de repouso por orientação médica" e não pôde comparecer.
— Estamos aqui para reinaugurar a cruz com o nome dos meninos da Candelária. A conservação foi feita pela prefeitura, que se diz comprometida com a manutenção dela — observa Patrícia Oliveira, irmã de Vagner Oliveira, um dos sobreviventes da chacina.
A fala foi completada pela da vereadora:
— Queria que o prefeito estivesse aqui participando da homenagem. A chacina foi responsabilidade do estado, mas crianças negras continuam sendo assassinadas no município, diariamente, e isso acontece porque vivemos em uma cidade ainda racista.
O chafariz da Candelária, sem funcionar desde 2017, foi restaurado e ligado neste domingo. O espaço era usado pelos meninos assassinados em 1993, e integra o cenário turístico do centro da cidade.
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