A prefeitura divulgou nesta sexta-feira o resultado do julgamento do recurso movido pela Duchamp Administradora de Centros Comerciais contra a vitória do Consório Rio + Verde na licitação de uma parceria público-privada para revitalizar o Jardim de Alah, na Zona Sul do Rio. A comissão não acolheu os argumentos da Duchamp para desclassificar o consórcio classificado em primeiro lugar, embora tenha melhorado a nota técnica da empresa, que se classificou na segunda posição.
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Também nesta sexta-feira, a comissão de licitação marcou para a próxima segunda-feira a abertura dos envelopes com os documentos que atestam a legalidade do consórcio vencedor. Nessa fase seguinte, também caberá recurso do resultado. Procurados, os representantes do Rio+ Verde, liderado pela empresa Accioly Empreendimentos, preferiram não comentar o resultado. O prazo da concessão é de 35 anos.
A estimativa é que o vencedor invista R$ 112,6 milhões na recuperação de jardins, implantação de ciclovias, entre outras melhorias. No primeiro ano, seriam empregados R$ 67,5 milhões para reurbanizar o espaço. Em troca, o novo gestor poderá explorar comercialmente a área, seja em forma de quiosques ou outros pontos comerciais. O formato final do projeto será detalhado pelo ganhador da licitação.
Ao todo, a licitação teve três participantes: o Consórcio Rio + Verde (Accioly Participações, Grup DC SET, Opy e Pepira), o Consórcio Novo Jardim de Alah (Magus Sgg e a Dream Factory) e a empresa Duchamp Administradora de Centros Comerciais. A data para assinatura da concessão ainda não está definida por conta de uma ação judicial que questiona a transferência da área para a iniciativa privada.
Jardim de Alah: projeto de modernização com a iniciativa privada
Projetado em estilo art déco pelo urbanista francês Alfred Agache, o Jardim de Alah, construído em 1938, teve o nome inspirado em um filme estrelado dois anos antes por Marlene Dietrich e Charles Boyer, “The garden of Allah”, um grande sucesso nos cinemas da cidade.
'Seu surgimento é posterior ao do canal que o margeia, ligando a Lagoa Rodrigo de Freitas e a praia, cuja criação é do início da década de 1920, na gestão do prefeito Carlos Sampaio. O objetivo foi renovar as águas da lagoa, tornando-a mais salubre, além de reduzir as enchentes.
A área que será concedida à iniciativa privada tem 93,6 mil metros quadrados e inclui as três praças que formam o Jardim de Alah: Almirante Saldanha, Grécia e Paul Claudel.
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