Rio
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Por Vittoria Alves e Maria Guimarães* — Rio de Janeiro

Entre rolos de linha, pequenas peças de roupa e máquinas de costura, o ateliê da primeira fábrica de bonecas pretas do Brasil, no Santo Cristo, na Zona Portuária da cidade, se prepara para retornar a dias de intensa produção. Após oito meses fechada, a loja Era uma vez o Mundo reabre devido ao sucesso da campanha “Investe em mim”, que movimentou as redes sociais para tentar bater a meta de mil bonecas vendidas até hoje.

Criada para viabilizar a continuação da marca por mais um ano, a ação não atingiu a meta. Cerca de 200 “Dandaras”, com valores entre R$ 50 e R$ 100, não foram vendidas no prazo, o que não impede o otimismo dos fundadores Jaciana e Leandro Melquíades.

— A campanha assegurou a retomada da nossa equipe de costureiras, todas mulheres negras, moradoras da região do Morro do Pinto — afirma Jaciana.

O comunicado de encerramento da produção aconteceu em dezembro nas redes sociais da marca. Em abril, a campanha surgiu como uma luz no fim do túnel. Mas até 31 de julho, primeira data estipulada para bater a meta, somente 377 “Dandaras”, principal produto da loja, haviam sido vendidas. Com a repercussão nas redes sociais, o prazo foi estendido até hoje.

Com entregas a partir de setembro, os clientes poderiam optar por bonecas para si ou pela “Dandara Mini”, que será doada para colégios públicos do Rio, dando continuidade ao projeto “Dandara nas Escolas”, que distribuiu duas mil bonecas em 2022.

A equipe é formada por quatro costureiras, enquanto Leandro atua, ao lado de sua mãe, Ione Ribeiro, no desenvolvimento e na criação das bonecas, além de comandar a produção. Já Jaciana é a responsável pelas questões financeira e burocrática.

Leandro espera que, com a retomada, a loja consiga posicionar-se no mercado de forma mais sustentável. Para ele, o momento é de atrair investimentos que entendam que eles têm potencial para ser mais do que um projeto social.

— Somos uma empresa de impacto social, que desenvolve brinquedos e atividades educativas e culturais pensando na criança negra como protagonista. Não nos limitamos a fins lucrativos — pontua Leandro.

Compras pela internet

O público-alvo da empresa, segundo Jaciana, são adultos responsáveis por crianças. Porém, grande parte dos clientes é composta por mulheres que nunca tiveram bonecas negras na infância. As compras são feitas pelo site da loja. Na plataforma, uma parte é separada para produção cultural e formação de professores em cursos sobre representatividade e africanidade. A Era uma vez o Mundo (eraumavezomundo.com.br) surgiu em 2013, com o intuito de trazer representatividade para crianças negras.

*Estagiária sob a supervisão de Leila Youssef

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