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Por Giulia Ventura e Roberta de Souza — Rio de Janeiro

No último sábado, policiais civis da 35ª DP (Campo Grande) prenderam em flagrante Paula Custódio Vasconcelos, e apreenderam a filha dela, de 14 anos, pelo sequestro e assassinato da professora Vitória Romana Graça, de 26 anos. A professora estava desaparecida desde a última quinta-feira e foi encontrada carbonizada na Comunidade Cavalo de Aço, na Zona Oeste do Rio. Um vizinho de Paula disse, em depoimento à polícia, que as suspeitas foram expulsas da comunidade em razão do sequestro. No ato da prisão, Paula relatou que foi machucada por moradores da região e reclamou de fortes dores no braço. Posteriormente a filha confirmou a agressão aos policiais. As duas foram detidas quando fugiam, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Em depoimento, a mãe da professora contou que recebeu ameaças por telefone e que lhe pediram R$ 2 mil pelo resgate de sua filha. Segundo ela, a filha ligou "aos prantos" para comunicar que foi sequestrada. A ligação aconteceu no dia seguinte ao desaparecimento, por volta das 5h da manhã.

Vitoria era professora contratada do município há quatro meses e dava aula na Escola Municipal Oscar Thompson, em Santíssimo. Segundo as investigações, Vitória teve um relacionamento com a adolescente apreendida. Um colega da professora contou, em depoimento, que Vitória decidiu se afastar da menina por achar que a mãe dela estava se aproveitando do namoro para se beneficiar financeiramente.

De acordo com esse amigo, Vitória relatou que a geladeira da casa de Paula estava sempre vazia e que, para ajudar, a professora comprava cesta básica e itens de casa para a família. Segundo a investigação, a dupla usou conta bancária da vítima para efetuar uma transferência e pagar uma compra em uma mercearia.

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Uma testemunha disse que, no dia do desaparecimento, Paula e o seu irmão procuraram Vitória na escola em que ela trabalhava. Ao ser questionada sobre motivo da visita pelo amigo, a professora disse que Paula a procurou para falar do fim do relacionamento e pediu que as duas conversassem "fora do seu local de trabalho". O amigo da vítima contou à polícia que orientou Vitória para que encontrasse com a mulher em um local público, "de preferência um shopping, onde tem muitas pessoas".

Naquele mesmo dia, a professora visitou a própria mãe por volta das 21h. Ao sair de lá, teria ido ao encontro de Paula e não foi mais vista. Nesse mesmo dia, várias transferências foram feitas pelo telefone de Vitória para o irmão de Paula. Ele ainda não foi encontrado pela polícia.

Mandado de prisão em aberto

Segundo a 35ª DP, Paula já tinha mandado de prisão em aberto por roubo qualificado. No último domingo, ela participou de duas audiências de custódias. Uma em relação ao sequestro e morte da professora, e a outra por ter sido condenada, em 2014, a seis anos de prisão por roubo.

No processo, consta que ela realizou quatro roubos em pouco espaço de tempo, acompanhada de menor infrator. Um trecho da decisão da época diz que Paula usou "um simulacro de arma de fogo, o que denota a extrema ousadia da acusada e denota sua conduta social distorcida".

Passado de crimes

Há três registros na folha de antecedentes criminais de Paula. A primeira aconteceu em 2010, quando a mulher foi acusada de "lesão corporal decorrente de violência doméstica". Contudo, em 2021, um juiz determinou a extinção da punibilidade dela, ou seja, anulou a possibilidade dela ser presa.

Já em 2013, Paula foi presa por roubo na companhia de um menor de 18 anos, situação considerada "corrupção de menor", um agravante de pena. No ano seguinte, ela foi condenada a mais de 6 anos de prisão, dos quais cumpriu 1 ano e oito meses em regime semiaberto. A sentença continua em aberto.

O último anotado diz respeito ao crime no qual ela foi presa no sábado (12), fichado como "extorsão mediante sequestro". A Polícia Civil ainda investiga o assassinato da professora, que pode ser incluído no mesmo caso.

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