Rio
PUBLICIDADE

Por Daniel Gullino — Brasília

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve nesta terça-feira a condenação e aumentou a pena de policiais militares e ex-policiais pela tortura e morte do pedreiro Amarildo de Souza. O crime ocorreu em 2013, atrás dos contêineres nos quais funcionava a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha. Seu corpo nunca foi encontrado.

O relator do caso no STJ, ministro Rogério Schietti, votou para aceitar parcialmente um recurso do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) e para rejeitar os recursos da defesa de oito dos condenados. Seu voto foi seguido por unanimidade pelos demais integrantes da Sexta Turma.

Um dos pontos citados por Schietti para aumentar a pena foi o fato do corpo de Amarildo não ter sido encontrado até hoje:

— O fato de o corpo da vítima, dez anos depois do crime, ainda não haver sido encontrado, de modo a impedir que seus familiares o sepultem, é circunstância mais gravosa do delito, que enseja, ao meu sentir, exasperação da pena-base.

O ministro também considerou a "repercussão internacional" do crime:

— O caso se tornou notório em decorrência da gravidade concreta do fato, que configurou um emblemático episódio de violência policial contra integrante da população preta e periférica do Rio de Janeiro, a provocar abalos sociais não apenas na comunidade local como também no país e na comunidade internacional.

A maior pena é a do major Edson Raimundo dos Santos, que era comandante da UPP na época. A punição passou de 13 anos e sete meses de prisão para 16 anos e três meses. Já a pena do tenente Luiz Felipe Medeiros, então subcomandante da UPP, passou de 10 anos e sete meses para 12 anos e oito meses. Os dois continuam na Polícia Militar.

O ex-soldado Douglas Roberto Vital Machado, apontado como responsável por abordar Amarildo no dia do desaparecimento, teve a pena aumenta de 11 anos e seis meses para 13 anos e oito meses. Ele foi expulso da PM.

A advogada do major Edson, Tatiana Fadul, afirmou no julgamento que ele teve uma "carreira ilibada" e que a condenação teria sido baseada apenas no depoimento de testemunhas que teriam sofrido coação.

— A prova que se produziu nos presentes autos foi somente a prova oral, esta completamente eivada de vícios, uma vez que as três testemunhas, policiais militares femininas, afirmaram terem sofrido todo tipo de coação em seus depoimentos.

As novas penas são:

  • Edson Raimundo dos Santos, ex-comandante da UPP: 16 anos e três meses
  • Douglas Roberto Vital Machado, ex-soldado: 13 anos e oito meses
  • Luiz Felipe de Medeiros, ex-subcomandante da UPP: 12 anos e oito meses
  • Anderson Cesar Soares Maia, Felipe Maia Queiroz Moura, Jorge Luiz Gonçalves Coelho, Marlon Campos Reis e Wellington Tavares da Silva, ex-soldados: nove anos e cinco meses

Mais recente Próxima Polícia identifica 'ações negociais obscuras', mas pede arquivamento de inquérito sobre fraude na compra do Feirão de Caxias

Inscreva-se na Newsletter: Notícias do Rio

Mais do O Globo

Daniel Coimbra lista os tratamentos que deixam a pele do pescoço mais firme e fala sobre reversão de harmonização facial: 'O ácido hialurônico em grande quantidade estimula a produção de gordura'

'Excesso de preenchedor não dá certo', alerta dermatologista

Marília Nery agradeceu carinho do clube e da torcida com a família

'Em choque', diz mãe de Totói após Landim anunciar título de sócio honorário para filho de Everton Ribeiro

Contrato é até junho de 2025, mas ele pode ser adquirido em definitivo em cado de 'determinados critérios desportivos' alcançados

Yan Couto é anunciado pelo Borussia Dortmund, após oficializar empréstimo do Manchester City

Brasileiro estreou pelo clube espanhol e foi descrito como 'sensação' da pré-temporada

No Real Madrid, Endrick revela para quais astros vai pedir conselhos e expectativa para 1º duelo contra Barcelona

Local é especializado em educação infantil

Após 60 anos, tem fim o espaço 'Tabladinho', na Lagoa

Um dos mais refinados solistas de atualidade, músico despontou internacionalmente em 1982, colaborou com os principais nomes da música clássica e acreditava no canto como meta do seu fraseado

Morre o violoncelista Antonio Meneses, aos 66 anos

Segundo comunicado da Guarda Revolucionária, Israel foi 'apoiado pelos Estados Unidos' no ataque

Guarda Revolucionária do Irã afirma que líder do Hamas morreu em ataque de 'projétil de curto alcance'

Atletas se enfrentam no início da tarde

Adversária de boxeadora da Argélia por medalha, húngara luta com gritos estilo Guga, do tênis

Cantor precisou cancelar show por recomendação médica

Lulu Santos é internado com sintomas de dengue no Rio de Janeiro