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Por Jéssica Marques — Rio de Janeiro

A Justiça do Rio negou o pedido de liberdade feito pela defesa de Bruno de Souza Rodrigues, preso acusado de envolvimento com a morte do ator Jeff Machado, em janeiro deste ano. Em sua decisão, a desembargadora Katya Maria de Paula Menezes Monnerat, da Primeira Câmara Criminal, alegou que, além de estar embasada na lei aplicável ao caso, o suspeito “teria interferido diretamente no êxito da coleta dos elementos informativos, com a criação de versões fantasiosas para atrapalhar o rumo das investigações, além da destruição de aparelhos e chips telefônicos e contato com testemunhas para influenciar suas declarações em sede policial”.

Os advogados do produtor, João Maia e Pedro Moutinho, alegaram constrangimento ilegal na prisão preventiva de Bruno Rodrigues, que teria sido decretada sem os requisitos necessários. No documentado apresentado à justiça, os advogados justificaram que "não foi indicada qualquer ligação do paciente com as testemunhas, mostrando-se desnecessária e injustificada a prisão do paciente. Requer a revogação liminar da segregação cautelar com a imediata expedição do alvará de soltura".

— No julgamento do mérito, os argumentos serão apreciados com maior profundidade e será possível desmontar a desnecessidade da prisão — afirmou João Maia.

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O advogado da família, Jairo Magalhães, comentou a decisão e disse que a prisão de Bruno é necessária já que o suspeito teria tentado, ao longo das investigações, atrapalhar o andamento do caso.

— De forma clara, a prisão do Bruno é necessária. Ele entrou em contato com a testemunha dona da quitinete quando ela foi prestar declarações em sede policial, exatamente com o intuito de atrapalhar as investigações. Ele apresentou durante a investigação uma carta criando personagens. Além disso, ele está sendo acusado de oito crimes. Por isso, para garantir a tranquilidade das testemunhas e a aplicação da lei penal, todos os requisitos da prisão preventiva estão claramente justificados e são necessários — afirmou o advogado da família.

Bruno Rodrigues e Jeander Vinicius, preso por participação no assassinato do ator, vão responder pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, estelionato e crimes patrimoniais.

Denúncia do Ministério Público

No dia 15 de junho, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro denunciou o produtor Bruno Rodrigues e o garoto de programa Jeander Vinícius da Silva Braga pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, estelionato e crimes patrimoniais contra o ator Jeff Machado. A denúncia foi oferecida ao Juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca da Capital.

De acordo com a denúncia, no dia 23 de janeiro, Bruno teria colocado uma droga na bebida do ator antes de subirem ao segundo andar da casa em companhia de Jeander, onde deram início a uma relação sexual. Em meio ao ato, quando a vítima se encontrava de costas, Bruno estrangulou o pescoço de Jeff com um cabo de aparelho de telefone, provocando sua morte. Segundo a acusação, Jeander ajudou no crime, distraindo o ator para que Bruno pudesse atacá-lo. Os denunciados levaram então o corpo em um baú e o enterraram em uma kitnet alugada por Bruno no mesmo bairro, onde, posteriormente, concretaram.

Um dos motivos do crime, segundo a denúncia, foi o pagamento de Jeff por um papel em novela. A partir de 2019, Bruno prometeu falsamente ao ator uma vaga no valor de mais de R$ 18 mil, alegando que seria repassado a um suposto produtor/diretor da emissora. O dinheiro não foi devolvido e tampouco houve a contratação. De acordo com a denúncia, a promessa não passava de uma "isca" para obter "vantagens financeiras ilícitas da vítima". Na iminência de ser descoberto, Bruno matou a vítima.

A investigação mostrou que, após o assassinato, Bruno Rodrigues se passou por Jeff e utilizou a senha do cartão de crédito dele para efetuar compras em estabelecimentos comerciais e anunciou a venda do carro da vítima em agências de automóveis. Bruno também teria usado o telefone do ator, passando-se por ele ao manter diálogos com familiares e amigos de Jeff, além de terceiros para benefício próprio. A denúncia descreve também que os acusados praticaram maus-tratos contra animais domésticos ao abandonarem oito cães de raça pertencentes ao ator, em um terreno vazio, sem alimentação e cuidados de higiene, quando dois morreram e um desapareceu.

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