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Por O GLOBO — Rio de Janeiro

O advogado da médica Geysa Leal Corrêa, responsável pelo procedimento cirúrgico de Silvia de Oliveira Martins, que morreu no último domingo após a passar por uma lipoaspiração, diz que a agenda da cirurgiã continua cheia e que ela não tem "nenhum impedimento técnico para trabalhar". A médica é investigada pela Polícia Civil e pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj). Segundo o advogado Lymark Kamaroff, as pacientes de Geysa foram informadas sobre o ocorrido e os atendimentos seguem normalmente.

— A agenda está cheia, com cirurgias marcadas e atendimento sendo feito, posto que suas pacientes são sempre informadas por ela sobre todo o ocorrido e ela não tem nenhum impedimento técnico para trabalhar — explicou Kamaroff.

Na quarta-feira, parentes de Silvia estiveram na 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes) para fazer um registro de ocorrência sobre o caso. Os parentes suspeitam de que a morte foi consequência de imprudência da médica, que já havia sido condenada, em 2022, pela morte de outra paciente. O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), inclusive, abriu sindicância para apurar a conduta da médica responsável pelo procedimento cirúrgico.

Sérgio Castro, amigo de Silvia, disse que teve acesso ao exame de sangue feito por ela uma semana antes da cirurgia e contou que o mesmo apontava uma alteração:

— Pedi para uma médica analisar e ela me disse que o exame mostrava uma alteração no coagulograma e uma inflamação. Por bom senso, a cirurgia, que é estética, não deveria ter sido feita — pontua ele. O exame foi feito no dia 8 de setembro.

Segundo Castro, Silvia já tinha feito outras duas operações com Geysa. Na última, pagou mais de 14 mil pelo procedimento.

— Ela confiava de olhos fechados nessa médica. Recomendava para amigos, já tinha feito outras duas operações. Só que, a partir do momento, que a médica vê os exames alterados e segue com o procedimento, ela assume um risco. E agora minha amiga está morta — desabafa emocionado.

Castro esteve na delegacia para prestar apoio à família de Silvia e disse que a médica precisa ser responsabilizada:

— A mulherada gosta dessa médica porque ela "vai mais fundo", "dá o contorno maior". E minha amiga hoje está morta. Ela não deveria ter feito essa cirurgia, tinha que ter remarcado a operação. Silvia era teimosa, mas a responsabilidade era da médica. E ela não é a primeira vítima — pontua ele.

Em nota, a defesa da médica disse que "todos os exames feitos foram pedidos pela própria médica, que examinou e liberou para a cirurgia, posto que não tinha qualquer impedimento técnico para a sua realização".

Morte de paciente

Em 2021, o Ministério Público do Rio denunciou Geysa pela morte de uma paciente, que teve complicações após uma hidrolipo, lipoaspiração com enxertia. Em 2022, ela foi condenada por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e teve restrição de direitos e pagamento de multa como penas.

"Considerando a primariedade do réu, o qual conta com todas as circunstâncias judiciais favoráveis, e, ainda, a pena inferior a 4 anos por crime cometido sem violência ou grave ameaça em concurso com crime culposo, impõe-se o benefício da substituição da pena privativa de liberdade por restrita de direitos", diz parte do acórdão.

Em um comunicado enviado à imprensa, o advogado da médica, Lymark Kamaroff, lamentou a morte de Silvia e afirmou que "não há nexo de causalidade entre a intercorrência sofrida pela paciente e atuação da Dra. Geysa". Que a médica sempre agiu diligentemente, seguindo os padrões preconizados pela boa técnica e que infelizmente intercorrências cirúrgicas podem ocorrer. Reforçou ainda que todas as pacientes de Geysa assinam um termo de consentimento para a possibilidade de ocorrer um evento adverso, que pode ser uma complicação ou intercorrência, como o caso de Silvia e que esta foi a terceira intervenção cirúrgica feita por Silvia com Geysa. A primeira foi em 2019 e outra em 2020.

O advogado disse ainda que Silvia foi devidamente informada sobre os riscos e benefícios da cirurgia, bem como sobre as possíveis limitações do procedimento. Além disso, foi acompanhada pelo médico e sua equipe em todas as fases da cirurgia, recebendo todos os cuidados e orientações.

Advogada de MC Poze:

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