Rio
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Por — Rio de Janeiro

A filha mais velha de Raphaela Salsa Ferreira, de 38 anos, morta carbonizada, contou à polícia que a vítima tinha medo que o ex-marido soubesse sobre o seu novo namoro e temia que ele fizesse "alguma coisa de muito ruim". O relacionamento com Vagner Dias de Oliveira, principal suspeito do crime, havia acabado há cerca de dois meses. Segundo as investigações, Vagner era muito ciumento e não se conformada com o término da relação. Ele teve a prisão temporária decretada pela Justiça na manhã desta terça-feira. Vagner é pai de dois dos quatro filhos da ex-companheira, um de 10 anos e outro de 1 ano e 10 meses.

Em depoimento à polícia, Beatriz Salsa Alves Chaves, de 21 anos, contou que a mãe temia que Vagner descobrisse sobre seu novo namoro, "pois este ainda tentava reatar o casamento e não se conformava com o término da relação". Ela também disse que Raphaela tinha medo da reação de Vagner porque ele "não controlaria sua indignação e poderia fazer alguma coisa de muito ruim".

Segundo testemunhas ouvidas pela polícia, há cerca de um mês, a vítima começou a sair com um colega do curso de Enfermagem, o que teria causado ciúmes no ex-companheiro. Nas imagens de câmeras de segurança, é possível observar o atual companheiro de Raphaela, que saiu quase ao mesmo tempo da vítima do local.

Raphaela deixa o curso em um carro de aplicativo, mas, segundo as investigações, já era seguida por Vagner, que permaneceu estacionado em frente ao curso por cerca de uma hora antes da saída da ex.

Na véspera do crime, de acordo com a polícia, Vagner havia pedido a Raphaela para que o deixasse dormir em sua casa, já que não tinha onde dormir. Os dois já não moravam juntos desde a separação. Pela relação amistosa entre os dois, a vítima teria aceitado.

Estudante carbonizada no Rio:

Como Raphaela foi morta

Segundo as investigações, na última quinta-feira, quando Raphaela desapareceu, Vagner comprou a gasolina por volta das 22h. Ele teria ligado antes para o posto pedindo a reserva de um galão. Ao frentista, Vagner teria dito que a compra era para ajudar um amigo, que estava com o carro enguiçado. A suspeita é de que ela já estivesse desacordada no interior do veículo. O combustível pode ter sido usado para queimar o corpo da vítima. Em depoimento à polícia, o frentista contou não ter se aproximado do carro e não ter visto Raphaela no veículo. Imagens de câmera de segurança, no entanto, mostram a vítima entrando no carro às 21h40.

O corpo de Raphaela foi encontrado na noite de sexta-feira, quase 24h após o seu desaparecimento, na Praça Seca, na Zona Oeste do Rio. A mulher foi reconhecida no sábado, pela arcada dentária e por algumas tatuagens.

Até o momento, a polícia trabalha com a hipótese de que o crime tenha sido motivado por ciúmes. O corpo da mulher foi encontrado na BR-101 carbonizado em meio a mata. O laudo feito pelo Instituto Médico-Legal indica que a vítima foi queimada ainda com vida, já que aspirou fuligem.

Câmera mostra a estudante Raphaela Salsa entrando em carro de aplicativo

Câmera mostra a estudante Raphaela Salsa entrando em carro de aplicativo

Polícia investiga o caso

Segundo relatos de parentes, Raphaela chegou até a porta de casa num carro de aplicativo e, quando desceu do veículo, foi obrigada a entrar em outro automóvel, que provavelmente a seguiu do curso de técnico de enfermagem até sua casa. O corpo da estudante foi encontrado a 40 quilômetros de sua residência. A Polícia Civil informou que o corpo de Raphaela foi identificado por meio de exame de papiloscopia (impressão digital) e reconhecimento de parentes. "Diligências estão em andamento para esclarecer todos os fatos", conclui a nota da polícia.

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