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Por — Rio de Janeiro

Um guia de turismo morreu ao ser atingido por um raio enquanto fazia uma trilha na manhã deste domingo na Pedra da Gávea. Leilson de Souza, de 36 anos, estava com um grupo no trecho conhecido como Cadeirinha. A área verde fica dentro do Parque Nacional da Tijuca, na região entre a Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, e São Conrado, na Zona Sul. O corpo de Leilson será velado no cemitério Jardim da Saudade de Paciência, nesta terça-feira, a partir das 11h.

Mulher filma momento em que raio atinge guia de turismo na Pedra da Gávea

Mulher filma momento em que raio atinge guia de turismo na Pedra da Gávea

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o acionamento para resgate aconteceu às 11h40. Homens do quartel do Alto da Boa Vista foram até o local e localizaram a vítima. Foi solicitado apoio aéreo e um helicóptero foi enviado ao local, mas Leilson já estava morto.

Segundo a corporação, nenhuma outra pessoa precisou de atendimento. Ele estaria acompanhado de ao menos outras três pessoas, um deles era seu irmão. Ontem, foram registrados chuva e raios na cidade do Rio durante a manhã.

Leilson de Souza, de 36 anos, durante trilha no Pico Paraná — Foto: Reprodução/Instagram
Leilson de Souza, de 36 anos, durante trilha no Pico Paraná — Foto: Reprodução/Instagram

Leilson era montanhista, trabalhava como guia de turismo e estava estudando Gestão Ambiental. Nas redes sociais, ele compartilhava um pouco de sua aventura, por meio de fotos e vídeos de paisagens naturais deslumbrantes o que desbravava. Uma das conquistas mais recentes foi a escalada no pico conhecido como Dedo de Deus, de 1.692 metros de altitude, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos.

A família do homem está no início da tarde desta segunda-feira no Instituto Médico-Legal (IML), no Centro do Rio, e aguarda a liberação do corpo. No local, um dos três irmãos de Leilson falou sobre como ele era.

— Na hora, a gente não acreditou. Mas, com toda forma que aconteceu, a gente nunca imaginaria. A gente imagina morrendo de qualquer jeito, falecendo de qualquer jeito, mas por um raio, é complicado. Ele era uma pessoa excelente, fazia de tudo por todo mundo, era um cara que sempre queria levar pessoas especiais, pessoas idosas, tudo para a trilha. O negócio dele era montanhismo, era natureza — disse Leonardo Barros, irmão do guia.

Nas publicações recentes em seu perfil numa rede social, amigos, clientes e outros profissionais do montanhismo lamentaram a morte de Leilson.

"Conversamos sobre sua conquista do Dedo de Deus, ele estava em êxtase. Pleno, realizado pelo sonho alcançado. Muleke gente boa demais. Humilde, discreto, técnico, educação e forma física que o levaria ao topo do esporte. Arrebatado prematuramente do nosso convívio, quis o criador de outra forma. Não há questionamento, só nosso lamento e a certeza da nossa insignificância diante da vontade de Deus. Vai na paz guerreiro!!!", escreveu um amigo no vídeo em que Leilson mostra a conquista na escalada ao Dedo de Deus, em junho.

Um amigo do guia comentou: "Nosso amigo deixou muitas alegrias aqui, cumpriu deu papel, infelizmente essa fatalidade aconteceu e levou nosso amigo, Deus sabe de todas as coisas. Ficam as lembranças, risadas e momentos felizes que ele nos proporcionou".

Páginas dedicadas à atividade também prestaram solidariedade. No Instagram, a Trilhas do Rio de Janeiro prestou uma homenagem:

"Nesse momento de luto, prestamos nossa solidariedade a todos os amigos e familiares, e transmitimos a eles nossa solidariedade e nossos votos de conforto e de força neste momento tão difícil. Vai com tudo irmão, você partiu no lugar que você amava. MONTANHA"

Na publicação do perfil da página, uma mulher contou que fazia trilha no local e que viu Leilson passar com um grupo. As condições do tempo foram determinantes para encerrar o passeio antes do previsto.

"Meu Deus o grupo dele passou pelo meu, mais o meu grupo desistiu de fazer a trilha e voltamos na metade do percurso por conta da chuva, meus sentimentos a família", contou.

De acordo com o Parque Nacional da Tijuca, a Pedra da Gávea é o maior monolito à beira-mar do mundo, com mais de 800 metros de altitude.

O guia era conhecido entre os apaixonados pela atividade, destacou o perfil Trilheiros do Amanhã - RJ nos comentários da postagem:

"Irá deixar saudades para a comunidade de trilheiros e montanhismo Brasil afora. Que Deus possa te guardar num lugar alto entre as montanhas que possa ver tudo o que acontece lá de cima".

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