Pelo menos 26 projetos de lei foram apresentados nesta semana na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) instituindo regras para o fornecimento e a entrada com garrafas d'água em eventos no Rio. Uma das propostas que pretendem mudar a dinâmica de shows e grandes espetáculos no estado foi chamada de protocolo Ana Clara Benevides, menção à fã de Taylor Swift que morreu durante evento, na sexta-feira. De autoria do deputado Márcio Canella, o projeto prevê a liberação da entrada de uma garrafa de água transparente, de até um litro, por pessoa nas apresentações.
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Os organizadores não poderão proibir, a qualquer pretexto, o ingresso do público com água potável, sob pena de coerção policial para a garantia desse direito. Com espetáculos de grande porte, a proposta se refere a qualquer apresentação cultural, artística, desportiva ou social, gratuita ou pago, com público superior a 30 mil pessoas no local, seja em ambiente aberto ou fechado.
Se aprovado, quem tiver o ingresso poderá entrar no evento com uma garrafa de água transparente, de até um litro. A embalagem deverá ser de material flexível ou não rígido, contendo apenas água. A tampa deverá ser de plástico. O líquido poderá ser congelado, desde que isso não atrapalhe a fiscalização.
Quem é Ana Clara Benevides?
A estudante Ana Clara Benevides era de Mato Grosso Sul e estava no Rio para o show da cantora Taylor Swift, na última sexta-feira. Ela passou mal no início do espetáculo, realizado no Engenhão, onde desmaiou e acabou morrendo. Uma equipe médica tentou reanimá-la ainda no estádio. Foram pedidos exames complementares para apurar a causa da morte, uma vez que as características dos órgãos afetados devido à exposição excessiva ao sol só é possível após análises ao microscópio, afirmam médicos legistas ouvidos pelo GLOBO. Portanto, não são visíveis a olho nu.
Morte de fã de Taylor Swift:
- Uma estudante de 23 anos morreu após passar mal por conta do forte calor enquanto acompanhava o show da cantora Taylor Swift, na noite da última sexta-feira (17), no estádio Nilton Santos, Zona Norte do Rio.
- Ana Benevides, de 23 anos, era estudante de Psicologia da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), no Mato Grosso. Em suas redes sociais, a cantora lamentou o episódio.
- O laudo de necropsia apontou a jovem teve hemorragia no pulmão e três paradas cardiorrespiratórias. O laudo, no entanto, é inconclusivo. A Polícia Civil solicitou exames complementares, de toxicologia e histopatologia, para identificar a causa da morte da jovem.
São avaliados fragmentos de órgãos como rim, pulmão, cérebro e fígado, conhecidos na medicina forense como exames histopatológicos. O objetivo é descobrir se há inflamação nesses tecidos, cuja causa foi o intenso calor. Para isso, são necessários até 30 dias para um resultado confiável. O exame toxicológico também é crucial, já que drogas também podem causar alguma alteração no organismo.
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